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Poderosa. Dilma se firma no governo e provoca ciumeira, pois já falam nela para 2010

Ela é uma neopetista – está na sigla há menos de 10 anos, depois de uma vida no partido criado por Leonel Brizola, do PDT. É mineira, mas virou gaúcha, depois de décadas vivendo no Rio Grande do Sul. Ela é Dilma Rousseff, cada vez mais poderosa ministra do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma, que foi secretária de Olívio Dutra, no governo do Rio Grande do Sul, saiu direto da equipe de transição como ministra de Minas e Energia no primeiro mandato. Mais tarde, com a queda de José Dirceu, sem perder o comando real da pasta antiga, foi para a Casa Civil, onde está e de onde não deve sair.

A cada dia é mais poderosa no núcleo de poder do Palácio do Planalto. Isso já estimula a ciumeira, inclusive porque há até quem a coloque como possível candidata do próprio Lula à sua sucessão. Será? É. Pode ser. Enquanto isso, seu poder de gerente da administração é cada vez maior. E será dela, na prática, a administração do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), que será apresentado nesta segunda-feira. A propósito da importância crescente de Dilma no governo, é conveniente ler a reportagem de Vera Rosa e Tânia Monteiro, que está sendo publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. A seguir:

”Dilma ganha mais poder e vira a gerente do plano
Objetivo é evitar que se repita o que aconteceu com o ‘Pacote 51’ de FHC: muitas promessas e poucas ações

O poder dela é muito maior do que se imagina. E vai aumentar. A partir de amanhã (hoje), quando for lançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ganhará mais uma atribuição: o comando de um novo comitê, encarregado de fiscalizar o andamento do plano com o qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende marcar seu segundo mandato. Gerente do governo, Dilma está empenhada em não deixar que o programa se transforme em mera carta de intenções, como o ‘Pacote 51’, anunciado em 1997 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

A referência ao frustrado esforço fiscal de dez anos atrás foi tanta, nas reuniões reservadas do Palácio do Planalto, que Lula decidiu escalar a chefe da Casa Civil para dirigir um comitê de acompanhamento do PAC. O núcleo vai monitorar a execução das ações previstas no programa até 2010. A aposta do presidente, com a penca de medidas embaladas sob o rótulo de estímulo aos investimentos, indica uma inflexão econômica na tentativa de fazer o País crescer todo ano na casa de 5%.

‘Nesse destravamento do Brasil, na verdade eu só falo e a Dilma trabalha’, afirmou Lula, em dezembro, ao se reunir com empresários, no Palácio do Planalto. ‘Quando na campanha eu falava ‘deixa o homem trabalhar’, na verdade eu queria dizer ‘deixa a mulher trabalhar’.’

Aos 58 anos, com amplo gabinete no quarto andar do Planalto, Dilma faz jus à sua fama de guerrilheira implacável dos anos de chumbo. Desde que assumiu a cadeira ocupada por José Dirceu – o ministro da Casa Civil que caiu na esteira do escândalo do mensalão, em junho de 2005 -, ela venceu a maioria das batalhas que levou adiante, não só na seara econômica, mas também no meio ambiente.

O cardápio de assuntos dos quais Dilma cuida é variado: da crise aérea à construção de hidrelétricas, passando por investimentos em infra-estrutura, pedágios, superávit primário e pendências que os governadores querem resolver com a União. O jornal britânico Financial Times chegou a comparar a decisão anunciada por Dilma, de rever o programa de concessão de rodovias federais, à intenção do…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal O Estado de São Paulo na internet, no endereço http://www.estado.com.br/editorias/2007/01/21/eco-1.93.4.20070121.7.1.xml.

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