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Olha Elle aí. Ninguém sabe o que Collor fará no Senado. Mas a volta é com status de estrela

Você lembra da Rosane Collor. Ela foi Primeira Dama e presidente, de triste memória, da falecida Legião Brasileira de Assistência (LBA). Não recorda? Despreocupa-te. O Fernando, que foi marido dela, também já esqueceu. Está noutra. E bem mais bonita. A arquiteta Caroline, 28 anos, é a nova dona do coração do ex-presidente da República, Fernando Collor de Melo. E já lhe deu duas filhas, as gêmeas Celine e Cecile, de oito meses.

 

Notícia social? Não. Este é território do Riudson Glitter (que você lê aqui às sextas-feiras). Trata-se de política. Afinal, o Fernando não é mais aquelle. Agora é o senador da República, com mandato de oito anos que começou a cumprir há quatro dias. E que é, de looonge, a maior estrela da chamada Câmara Alta do Congresso Nacional.

 

E não é a toa que, em função disso, tenha recebido tanto destaque na imprensa. A mesma que ajudou (eram outros tempos) a espalhar pelo país a idéia do impeachment. Pois… agora, bem, leia você mesmo o que escreve o jornalista Hugo Studart (com a colaboração de Hugo Marues e Rodrigo Rangel), na reportagem especial publicada na revista IstoÉ que está nas bancas:

 

“Collor volta a Brasília

Com planos de ser candidato a presidente em 2010, elle entra para o Senado despertando temores e reverências

 

A profecia está consumada. Quando tinha 14 anos, Fernando Collor de Mello passava férias com o pai no Grande Hotel Araxá, em Minas Gerais, e foi levado à então vidente mais famosa do Brasil, Maria do Correio. “Vai acontecer algo trágico na sua vida por volta dos 40 anos”, previu ela. “A morte?”, perguntou o assustado garoto. “Não, a morte em vida”, respondeu, enigmática. “Mas para sempre?”, insistiu. “Não, um dia essa morte acaba.”

 

Aos 40 anos, Fernando foi eleito presidente da República. Confiscou a poupança popular, desmontou o Estado, abriu o País aos estrangeiros. Muitas vezes parecia em guerra contra os próprios brasileiros. “Eu era muito imaturo”, desculpa-se hoje. Em outubro de 1992, foi afastado do poder pelo Congresso, num processo tão democrático quanto humilhante, o impeachment, em meio a uma torrente de corrupção. Foi a tal morte em vida. Na semana passada, deu-se a ressurreição.

 

Na quinta-feira, 1º de fevereiro, Collor voltou à cena política. Aos 57 anos e depois de 14 longe dos acontecimentos, ele iniciou um mandato de oito anos como senador por Alagoas. Tomou posse, em sessão solene, no mesmo plenário que o defenestrara. Cercado por jornalistas, curiosos e uma claque de aliados alagoanos, entre eles 25 padres benzedeiros, foi festejado pelos colegas como uma estrela de primeira grandeza da política. Elle voltou quase do mesmo jeito, grafando o nome com dois “ll”, sua marca registrada, autoconfiante, ambicioso.

 

O que ele pretende? Ora, Collor prepara sua candidatura à Presidência da República na sucessão de Lula, em 2010. É um acalento que vem crescendo há dois anos, à medida que se consolida a relação com Caroline, sua terceira mulher, 28 anos de idade, 29 anos mais nova. Hoje pai das gêmeas Celine e Cecile, de oito meses, ele tingiu os cabelos de negro, retocou as rugas com Botox e cultua um corpo esculpido com ginástica pesada. Tatuou o nome da mulher no punho esquerdo, como se fosse marinheiro de primeira viagem. A um amigo, confidenciou que está se sentindo com tanta energia que se vê com todas as chances de virar de novo presidente. “O homem tem a idade da mulher que ama”, gaba-se.

 

A volta de Collor sacudiu o mundo político de Brasília. “Ele já chega com a força de candidato à Presidência, vai fazer alguns discursos e logo começa a articular a campanha de 2010”, aposta o veterano Antônio Carlos Magalhães, do PFL. “Collor tem experiência e capacidade não lhe falta”, lembra Pedro Simon, do PMDB e decano do Congresso. Já o tucano Álvaro Dias não põe fé. “Ele começa da estaca zero, não vem pau-a-pau com os outros senadores”, diz. “Terá uma tarefa inglória para recuperar a credibilidade.”

 

Pode ser. Mas o fato é que Collor chegou despertando reverências até entre adversários.

Minutos depois de tomar posse, o senador Eduardo Suplicy, do PT, o procurou. “Espero ter uma relação construtiva e de respeito com o senhor”, propôs. “Passou-se muito tempo, o senhor já cumpriu a pena de oito anos e o povo o absolveu concedendo-lhe um mandato.” Suplicy acrescenta: “Collor terá um peso forte. Todos estarão atentos a seus movimentos.”

 

Na intelligentsia, Collor só desperta ceticismo. “Dizem que o povo tem memória curta, mas o impeachment dele foi há pouco tempo e marcou a geração que é hoje maioria do eleitorado”, disse a Aziz Filho, de ISTOÉ, no Rio de Janeiro, o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal Fluminense, Eurico de Lima Figueiredo. “Um nome como o dele não…”

SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página da revista IstoÉ  na internet, no endereço http://www.terra.com.br/istoe/.

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