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Não seria o caso de a raposa estar cuidando do galinheiro?

A revista Época, que pertence às Organizações Globo, na edição que começa a circular neste final de semana, está divulgando documentos que demonstrariam que o deputado mineiro, do PP, Ibrahim Abi-Ackel, o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito do Mensalão, recebeu dois depósitos de contas do dono de agências de publicidade, Marcos Valério – exatamente o acusado de operar o dito mensalão.
      Segundo a revista, as doações, de R$ 150 mil, teriam se dado nas eleições de 1998. Dois terços foram remetidos diretamente a Abi-Ackel, e o restante depositado na conta de Paulo Abi-Ackel, filho do deputado. Ah, e os depósitos não constam da prestação de contas do então candidato, informada à Justiça eleitoral.
      Relembrando, a “CPI do Mensalão” foi instalada semana passada e, além de Abi-Ackel na relatoria, tem como presidente o catarinense Amir Lando, do PMDB, senador por Rondônia, e o deputado gaúcho do PT, Paulo Pimenta. Esses dois, e talvez muitos outros, devem estar pensando agora: “onde foi que nos metemos (ou nos meteram)”.

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