Enrosco. Os porquês das dificuldades em achar um substituto para Furlan, no Desenvolvimento
Com a definição do ministério para o segundo mandato se afunilando, e os enroscos principais sendo destrinchados, o presidente da República acabou ganhando um problema de última hora. Aliás, um problemão: encontrar um substituto para Luiz Fernando Furlan, que está deixando o Ministério do Desenvolvimento Econômico.
Marta Suplicy, devidamente desidratada por Luiz Inácio Lula da Silva, vai para o Turismo. E Walfrido dos Mares Guias, do PTB, assume mesmo a coordenação política, através do ministério das Relações Institucionais. Ambas as informações você leu em notícia anterior, nesta madrugada. Mas, e o Desenvolvimento, hein? Aí, a porca está torcendo o rabo. E com força inusitada.
Há problemas e desgastes inevitáveis a caminho, sugerem especialistas na área econômica. Aliás, eles foram presentes no primeiro mandato, mas Furlan conseguiu desincumbir-se a contenta. A questão é que, ao contrário do que deseja Lula, está difícil encontrar um superempresário capaz de herdar o desgaste que vêm por aí.
Mas, que impedimentos são esses, que inibem eventuais candidatos ao cargo? Que rolos potenciais já identificados complicam a aceitação de um convite? Saiba quais, no artigo escrito pela repórter econômico Luciana Ottoni, da consultoria Santafé, publicado na página de Etevaldo Dias na internet. A seguir:
Dificuldades para substituição de Furlan no MDIC
O presidente Lula enfrenta dificuldades para encontrar um nome representativo da iniciativa privada para substituir Luiz Fernando Furlan no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Lula se depara com problemas porque há, primeiramente, a dificuldade em identificar um dirigente que possua, ao mesmo tempo, interlocução com os setores produtivos e que queira se afastar do mundo dos negócios pelos próximos quatro anos para se dedicar aos projetos do setor público federal. O Planalto fez consultas a alguns empresários entre os quais Jorge Gerdau, Abílio Diniz e Maurício Botelho, que declinaram do convite.
Além das questões relativas ao abandono temporário dos negócios há outros empecilhos relacionados à gestão administrativa pública. Há a burocracia, que torna o ritmo do governo federal distinto do dinamismo da iniciativa privada, lembrando que essa diferença de time sempre se constituiu em uma reclamação de Furlan.
Há também a indefinição de um projeto específico para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para a segunda gestão Lula. Durante o primeiro mandato, o MDIC foi invariavelmente uma fonte de boas notícias. Em um período em que a balança comercial floresceu impulsionada pelo bom crescimento mundial, o ministério se caracterizou por fornecer informações sobre recordes sucessivos das exportações e sobre a inserção das empresas brasileiras no comércio internacional.
Com a desvalorização do dólar e o menor ritmo de expansão das vendas feitas no exterior, e sem dispor de um ritmo mais dinâmico da política industrial, o MDIC tem ultimamente trabalhado mais na retranca, fazendo o meio de campo entre o governo, que não cogita modificar o regime de câmbio flutuante, e os setores prejudicados pela desvalorização do dólar. Com a tendência de aumento das importações e de redução do saldo comercial, é pouco provável que…
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