Rolo da eleição da UAC vai para a mesa do Promotor

Ainda não terminou o episódio da eleição, realizada em 15 de novembro, para o novo conselho e direção da União das Associações Comunitárias – UAC. A oposição, que fez pouco menos de 20% dos votos apurados rebate procedimentos da comissão eleitoral e estuda a possibilidade de entrar na Justiça contestando o resultado.

No entanto, preventivamente, agendou reunião com o promotor da Defesa Comunitária, João Marcos Adede Y Castro, do qual pretendem ter um parecer que vai balisar a possibilidade de acionar (ou não) o Judiciário. O encontro acontece hoje, conforme informa reportagem que o jornal A Razão publica nesta quinta-feira, em texto assinado pela repórter Elisa Pereira. Confira:

“Reunião com promotor discutirá eleição da UAC Chapa derrotada no dia 15 de novembro quer parecer para decidir se pede ou não na justiça impugnação do pleito
Representantes da Chapa 1, Renovação Comunitária, que no dia 15 de novembro disputou e perdeu a eleição para direção da União das Associações Comunitárias de Santa Maria (UAC), irão se reunir às 14h de hoje com o promotor de Defesa Comunitária, João Marcos Adede Y Castro. Eles apresentarão ao representante do Ministério Público toda documentação que possuem a respeito do pleito para que seja emitido um parecer sobre a existência ou não de irregularidade no processo eleitoral. Baseado na análise do promotor será definido o ingresso na justiça para anulação da eleição.
A Chapa 1, liderada por José Hilo Bittencourt (Madureira), obteve 808 votos e a Chapa 2, Mutirão Comunitário, encabeçada por Alexandre Pahim, recebeu 1642 votos. Foram registrados ainda 16 votos nulos e 11 brancos em um total de 2.477 votantes.
O dia da eleição foi marcado por muitas reclamações. A principal delas ocorreu nos locais de votação. Muita gente que tinha certeza de estar cadastrada na UAC, pois havia participado de eleições anteriores da entidade, não teve seu nome encontrado nas listas. Essas pessoas, que em determinados locais teriam chegado a até 40% dos filiados das associações, não puderam votar. Também aconteceram casos de urnas que não chegaram às comunidades apesar da alegação de terem encaminhado o pedido em tempo hábil para comissão eleitoral. No total, oito associações comunitárias de Santa Maria não receberam urna e seus associados não tiveram a chance de participar da eleição da UAC.
Outro fato questionado pelos membros da Chapa 1 e que será discutido com o promotor é relacionado as seis urnas impugnadas. Segundo José Hilo Bittencourt a comissão eleitoral não tinha informado até ontem pela manhã, apesar de reiteradas solicitações, qual o total de votos feitos pela Chapa 1 nessas urnas.
A posse do novo Conselho Geral da UAC foi realizada no dia 28 de novembro sem a presença de integrantes da Chapa 1, que optaram por não indicar os 19 nomes que tinham direito. O Regimento Interno da UAC determina que em caso de uma das chapas não obter 80% dos votos mais 1, os 60 integrantes do Conselho Geral devem ser indicados de acordo com a proporcionalidade dos votos obtidos na eleição. Para viabilizar a posse, a comissão eleitoral utilizou como manobra indicar e empossar no Conselho Geral os 19 primeiros nomes da lista de inscrição da Chapa 1. Na ocasião, também ocorreu a confirmação de Alexandre Pahim como 1º Coordenador Geral da entidade.”