Ocaso. Vivo ou não, ACM não é mais ‘ternura’ ou ‘malvadeza’ com quem quer que seja

Não é impossível que seja puro boato. E que Antonio Carlos Magalhães passa mesmo bem de saúde, ainda que não se saiba – nem há previsão – quando terá alta da Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração, em São Paulo. Em todo caso, sua idade, 79 anos, sua condição clínica (diabético, por exemplo), e quem sabe outros fatores sugerem que esteja no ocaso.

Pode ser que não da vida terrena. Mas da política, ao menos, ele já se foi. E não deixa saudade – não esperem, de mim, hipocrisia. Reconheço a importância que ACM, o babalorixá baiano, tem para o Brasil dos últimos 50 anos. Mas ele foi, como regra, nefasto para os interesses da democracia.

E, bem ou mal de saúde, o fato é irretorquível. Seus atos de “Toninho Ternura”, eventuais, não acontecem mais. E nem adiantam. Da mesma forma que seus tempos de “Toninho Malvadeza”, que não assustam mais ninguém. Nem na Bahia, onde reinou por décadas.

Sobra o quê? Ah, o neto, Antonio Carlos também. Este é perigoso. Ou não. O futuro é que dirá. Porque o passado ficou para trás. Ainda bem.

SUGESTÕES DE LEITURA – confira a reportagem “ACM está ligado na agenda política, diz o neto”, de Roney Domingos, do G1, o portal da Globo.

E a última notícia: “ACM é transferido para UTI do InCor-SP; família suspende divulgação de boletins”, de Renata Giraldi, da Folha Online.