Eleições 2008. Surge terceiro nome forte para confrontar PT e PMDB. Se tucanato se entender
Começa a se esboçar uma definição acerca de quem será protagonista no confronto eleitoral para a prefeitura, em 2008. E isso independe da reforma política, ora em gestação (sem chances de antecipar, ainda, o resultado) no Congresso. Inclusive porque o que se debate, em Brasília, influenciará mais (ou somente) o pleito proporcional, e não o majoritário.
Já é possível antecipar, no caso santa-mariense, que Paulo Pimenta será o candidato da Frente Popular Trabalhista. O deputado petista consolidou a hegemonia interna em seu partido e deve partir pra briga, contando com o apoio dos aliados tradicionais, PSB e PC do B, e a chegada de cristãos-novos, do PDT (que deve ceder o vice) e PTB. Ainda sonha com a adesão do PP (ou de José Farret) e do próprio PR (de Anita Costa Beber). Mas está pronto.
Também parece claro que Cezar Schirmer será o candidato, pela terceira vez seguida, do PMDB. De diferente é a aliança que está se montando. Por enquanto, desfalcado de PDT e PTB, e com os (hoje) enfraquecidos demistas ao lado. Para tornar-se forte, depende do PP (ou de José Farret) e gostaria de contar com o PSDB.
E aí é que está o busilis. É possível (há quem diga que tudo está acertado, mas não é demais duvidar, principalmente conhecendo um pouquinho Farret) que o ex-prefeito chegue junto. Mas, antes, é necessário que o PP se entenda minimamente. O que já foi mais difícil, segundo fontes próximas aos pepistas.
Então, admite-se que o PP (e/ou Farret) se coligue com o PMDB de Schirmer. E ele será, outra vez, fortíssimo concorrente dos petistas, agora reunidos na Frente Popular Trabalhista. Mas tem o tucanato. E, sobretudo, o PPS.
É essa a grande questão ainda indefinida. Mas que caminha, com celeridade, para uma certeza: a candidatura de Luiz Celso Giacomini, egresso do PMDB, não aparenta ser apenas retórica. Ele quer, sim, ser candidato a prefeito. E será, no mínimo, a vice. E só descarta, meeeeesmo, o peemedebismo. Debita a Schirmer o fato de não ter sido candidato a deputado estadual, em 2006. E não há a mínima possibilidade de acordo no horizonte longínquo.
Giacomini, assim, é o terceiro nome forte que se coloca para a disputa eleitoral de 2008. Desde que consiga reunir, em torno dele, o PSDB e o PP (ou Farret). É nisso que se aposta, no PPS, que está aliado ao tucanato em nível estadual e que, nos cargos de confiança regionais já emplacou Sérgio Severo como coordenador de Saúde (em substituição ao desistente, por questões funcionais, Danier Avello).
Atenção: a teoria é linda (ou horrível, para PMDB e PT, que temem Giacomini, embora não digam). Mas depende, sobretudo, do entendimento interno do PSDB. Há, ali, quem queira aliar-se com Schirmer. E aposta na adesão também do PP (e/ou Farret). Mas é forte o grupo que pretende correr em faixa própria, com o PPS e o PP (ou Farret).
Em agosto, e não falta tanto tempo assim, acontece a convenção municipal tucana. Quem vencê-la (a tendência, hoje, é um bate-chapa entre os grupos) vai encaminhar a discussão posterior. Com o PMDB, sem o PPS, ou com o PPS, talvez com o PP. O cabeça de chapa pode ser tucano, ou Giacomini – com alguém do PSDB de vice. É isso. Em qualquer hipótese, o PPS (e Giacomini) virou protagonista.
EM TEMPO: os grupos do PSDB, para quem não entendeu, são liderados por Ricardo Jobim e Jorge Pozzobom. Este tem a parceria do atual presidente, Álvaro Rochedo; àquele apóia Vitélio Rossi de Freitas, que coordena o Case. E é desse confronto que surgirá a luz (ou as trevas, dependendo do gosto de cada um) dentro de no máximo dois meses.
Por enquanto, ambos dividem os cargos regionais com um mínimo de civilidade. E os dois acarinhando o PP (a indicação de Onileda Visentini para adjunta da Educação tem o dedo de Jobim) e o PPS (Avello antes e Severo agora, na Saúde, conta com o apadrinhamento de Pozzobom). No que vai dar? Não demora a gente descobre.
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