Reforma política. Deputados dizem que vão votar. Ah, falam também que Papai Noel existe
Acredite: os deputados federais, por seus líderes reunidos nesta terça-feira, garantem que vão votar a reforma política. Ou o que sobrou dela, mais de um mês do início da apreciação – que não deu em nada, até aqui. Pretendem dividir o restante em três partes: fidelidade partidária, fim das coligações para os pleitos proporcionais (vereador e deputado) e instituição das federações partidárias; e financiamento público para eleições majoritárias (prefeito, governador, senador e presidente).
Acredite mais ainda: é tudo jogo de cena. Ou, falando para a arquibancada. Ou, conversa mole pra boi dormir. Se, e somente se, votarem alguma coisa nesta quarta ou quinta-feira, como dizem, será apenas a fidelidade partidária. E, ainda assim, a proposta melhor para os trânsfugas. A obrigatoriedade de ficar três anos no mesmo partido ou, se mandando, tornar-se inelegível por quatro anos. Pessoalmente, nem nisso creio.
Em todo caso, a situação está muito feia, para os parlamentares. E dificilmente ficará pior. Exatemente por isso, eu que já fui enganado uma vez, não serei outra. Essa reforma, mesmo de um dedo só, não sai. E menos ainda, como se cogitou, no próximo semestre. Afinal, para valer já na eleição de 2008, qualquer mudança no processo eleitoral precisa acontecer até o final de setembro.
Para os crédulos, uma informação: se alguma coisa for feita (que não será) na Câmara, precisará depois passar pela apreciação dos senadores. Havendo modificação, por mínima que seja, terá que retornar à Casa dos Deputados. Tudo isso em dois meses. Hehehehehehehehe. Desculpa, mas só rindo, mesmo.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira a reportagem Câmara: reforma política será votada a partir de quarta, publicada pelo portal Terra, com informações da Agência Reuters.
Leia também a notícia Câmara ainda insiste na reforma política, assinada por Carol Ferrare, no Congresso em Foco.
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