Caso Renan. Conselho de Ética proporá cassação do senador. Mas, no plenário, ele tem maioria
No fundo, no fundo (e talvez no raso também) os apoiadores de Renan Calheiros, e ele próprio, acreditavam na possibilidade de uma absolvição no Conselho de Ética. Desde que, claro, o voto fosse secreto. Não será. E, assim, as estimativas indicam 10 a 5 pela posição dos relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-GO), que recomendam a cassação do mandato do presidente do Congresso, por quebra do decoro parlamentar.
A acusação, relembre-se, é receber dinheiro de lobista de empreiteira e, com ele, pagar a pensão alimentícia da filha que Renan teve com a amante, a jornalista Mônica Velloso (que, aliás, estará nuinha na edição de outubro da revista Playboy). Por conta de representação apresentada pelo PSol, o senador está sangrando desde meados de junho.
Isso significa que será cassado? Isto é, a decisão do Conselho vai persistir no plenário? Pouco provável, segundo a maioria dos analistas. Aliás, antes mesmo, o parecer aprovado no grupo restrito de conselheiros, vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Não é descartável a hipótese de ser recusado. Ainda assim, decisão meeeeesmo só no plenário.
E é nessa instância, a última, que está a maior chance de Renan Calheiros se livrar. Afinal, ali, manda a Constituição, o voto será obrigatoriamente secreto.
Renan e seus aliados acreditam ter 50 votos em 81. Precisa 41. Há folga, portanto. Adivinha de onde virão os apoios adicionais, capazes de dar a absolvição ao senador. Isso mesmo, do (cada vez mais) furioso DEM e do (cada vez menos) retórico PSDB. É isso aí. Nada além. Nem aquém.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem Olavo e Renan enfrentam conselhos de ética no mesmo dia, do G1, o portal da Globo.
Leia também a nota Planilha de Renan prevê absolvição com 50 votos, do jornalista Josias de Souza.
Vale a pena conferir também a reportagem Caso Renan é o centro da curta semana no Congresso, de Eduardo Militão, no Congresso em Foco.
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