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Dia seguinte. Vitória de Renan, vamos combinar, foi folgada. E agora, o que acontecerá?

Como você que lê esta página habitualmente já sabe, não sou bom de palpite. Nesta quarta-feira, prognostiquei a derrota de Renan Calheiros, em nota publicada bem no inicinho da madrugada. Até uma pequena aposta (um refrigerante) perdi, para o James Pizzarro.

 

Pois o fato é que o senador alagoano foi o grande vitorioso da sessão secreta (ou nem tanto) da casa maior do parlamento brasileiro. Pode-se usar a expressão que quiser, mas sobrou voto. Não chegou a ser uma goleada, mas o fato é que faltaram 6 votos para cassar Calheiros. Talvez não seja muito, mas definitivamente também não é pouco.

 

O que determinou a vitória do presidente do Senado? Não sei. Há um inequívoco sentimento de impotência nas camadas mais informadas da população. Aquela chamada classe média, com acesso à mídia grandona. E que confia nos veículos de comunicação que venderam um engodo. Qual? Que seria possível cassar Renan.

 

E olha quem nem estou entrando no mérito (neste, garanto, votaria pelo afastamento). Mas apenas que a mídia, mais uma vez, fez uma aposta. E perdeu. Logo logo fará outra, imagino. E, não é improvável, perderá também. Por quê? Simples: ao contrário do que imaginam seus ideólogos, está desconectada do que ocorre no País.  Mas isso é outra discussão – não faltará oportunidade de travá-la, tenho convicção.

 

Mas o fato é que o Senado absolveu seu presidente (e isso acontecerá nos outros três processos em andamento, creia). Com um pouco menos votos (então, foram 50 a 28, salvo engano) dos que o elegeram para a liderança maior da casa, em fevereiro.

 

De maneira que, e é um novo palpite (desta vez, imagino acertar), Renan Calheiros não tem por que se licenciar. Menos ainda renunciar à Presidência do Senado, como há os que advogam. Poderá, no entanto, fazer isso. Muito mais para seu sossego, do que propriamente por acreditar que isso possa significar melhor sorte ao Congresso. Não tenho dúvida. Mais umas férias, menos uma fuga momentânea. É o máximo que poderá acontecer.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Renan escapa de cassação no plenário do Senado”, de Gabriela Guerreiro e Renata Giraldi, da Folha Online.

Vale a pena ler, também, o texto“Calheiros: apoiador de Collor, ministro de FH e aliado de Lula”, assinado por Guilherme Neves e publicado pelo ClicRBS.

 

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