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É a hora. Corre-corre atrás de filiados, inclusive em SM. Independente do que decidir o STF

Faltam nove dias. Até 4 de outubro, quem quiser se filiar a um partido político visando concorrer a algum cargo em 2008, terá que tomar a sua decisão. O mesmo vale os que desejarem trocar de agremiação. Na verdade, o prazo se esgota dois dias depois, mas como há questões cartoriais, imagina-se que, de fato, tudo deve estar pronto 48 horas antes.

 

Em Santa Maria, salvo surpresa de última hora (o que, em se tratando de política, não é prudente descartar), há pendente apenas o caso de Anita Costa Beber. Ela teve sua volta ao Partido Progressista, pelo qual se elegeu em 2004 e que abandonou ao trocá-lo pelo Partido Republicano (ex-PL), por dois líderes de peso. São avalistas da tentativa da volta-atrás o ex-prefeito e ex-deputado José Farret e o vereador Sérgio Cechin.

 

O problema, e é dos grandões, está na Executiva partidária, majoritariamente contrária ao retorno, e também dos candidatos à vereança – que não a querem na mesma chapa, porque ela é fortíssima concorrente. A questão eleitoral, portanto, pode acabar inibindo e até impedindo a presença, outra vez, de Anita no PP. Mas até a próxima quarta-feira, dia 4, tudo estará resolvido.

 

Enquanto isso, o PR local, Anita inclusive, se inclina mesmo é por apoiar o candidato do PT, Paulo Pimenta, à Prefeitura. Inclusive com a garantia de coligação no pleito proporcional – o que dependerá, claro, de aprovação da convenção petista. Se bem que o petismo está tão envolvido na disputa interna que, pensa esse (nem sempre) humilde repórter, ainda não se tocou para o pleito proporcional do próximo ano.

 

Mas, se na boca do monte a situação é esta, no restante do país o corre-corre é grande. Em Brasília, deputados federais de oposição estão sendo politicamente cooptados pela base governista. Especialmente DEM e PSDB. E nem cogitam o fato de o Supremo Tribunal Federal decidir, o que deve ocorrer na próxima segunda-feira, sobre a validade da fidelidade partidária disposta em resolução do Tribunal Superior Eleitoral.

 

É aparentemente consensual a idéia de que, mesmo que o STF concorde com o TSE, qualquer norma de fidelidade valerá apenas a partir de agora. Então, é uma verdadeira corrida. Cá entre nós, nem sempre muito moralmente aceitável.         

 

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Base do governo faz arrastão de filiações”, de Ranier Bragon e Fábio Zanini, da sucursal de Brasília da Folha de São Paulo.

Leia também a reportagem “Republicanos vão para o governo”, no Diário de Santa Maria.

Confira igualmente a nota “Supremo. Está chegando a hora da decisão sobre os vira-casacas. Tem gente bastante nervosa”, que publiquei aqui na sexta-feira, 21 de setembro.

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