Inflação. Grupos de alimentação e vestuário puxam para cima o índice de custo de vida em SM

Foi divulgada nesta quinta-feira, mais uma rodada mensal dos números do Índice do Custo de Vida de Santa Maria, trabalho realizado pelo Núcleo Econômico de Pesquisa e Extensão (NEPE), do curso de Economia da Unifra. Como publiquei aqui, na noite passada, a pesquisa, que tem a coordenação geral do professor José Maria Pereira, apontou – ainda em dados preliminares – um crescimento de 0,25% nos preços pesquisados pelo NEPE, em agosto. No acumulado do ano, o índice atinge 4,18%. E, nos últimos 12 meses, 5,61%.

Destrinchando mais os números apresentados pelo trabalho, pode-se notar, por exemplo, que são dois (dos oito) os grupos de produtos e serviços que mais contribuíram para o índice acumulado nos primeiros oito meses do ano. O campeão, ou grande vilão, é o conjunto de itens de Vestuário: de janeiro a agosto, os preços deste grupo de produtos aumentaram nada menos que 13,96%. E o vice-campeão, ou vice-vilão, é o grupo de Alimentação, cujos produtos foram majorados em 10,83%, nos primeiros dois terços do ano.

Aliás, no caso da Alimentação, a importância do setor é a segunda maior na composição do índice: o peso alcança 25,12% no total. Só o grupo de Habitação, com 26, 07%, tem importância superior. O que, de certa maneira, ajuda a impedir que o ICVSM seja maior, pois o aumento, entre janeiro e agosto, dos itens deste grupo, é de apenas 1,43%.

No acumulado dos últimos 12 meses, conforme os dados divulgados pelo NEPE, temos uma inflação de 5,61% em Santa Maria. O que está acima da média nacional. E sempre considerando que os números tornados públicos pelos pesquisadores da Unifra ainda podem sofrer retificações dá pra dizer, em princípio, que viver na boca do monte, cá entre nós, já foi mais barato.

SUGESTÃO DE LEITURA – clique aqui  e confira a íntegra do Boletim do ICVSM, elaborado pela coordenação do Núcleo Econômico de Pesquisa e Extensão, do curso de Economia da Unifra.