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Juros. Após, ou durante, a turbulência, como fica a taxa básica, que o BC decide quarta?

Nas últimas três semanas, as Bolsas de Valores do mundo inteiro tiveram uma pneumonia, fruto do resfriado do mercado imobiliário dos donos do planeta capitalista, os Estados Unidos da América. E, claro, as que mais sofreram foram as dos países ditos emergentes, Brasil incluído.

 

Por aqui, embora a população não tenha dado muita bola (o assunto, de fato, interessou a poucos), a Bolsa de São Paulo, a maior da América Latina, se comportou como um eletrocardiograma. E o Dólar, a moeda que valia menos, passou a valer mais. Nada muito significativo, no final das contas, mas mais. Roça os R$ 2, para mais ou para menos. E não mais o R$ 1,86 do inicinho de agosto.

 

Por essas e outras, o normalmente cauteloso Banco Central, cujo Comitê de Política Monetária (Copon) se reúne quarta-feira, deve reduzir o ritmo da queda da Taxa Básica de Juros (a famosíssima Selic), que baliza o crédito no Brasil.

 

Segundo a maioria dos especialistas, a redução em 0,5%, ocorrida nas duas últimas reuniões do Copon, não se repetirá agora. Os mais pessimistas até admitem a manutenção da taxa atual, 11,5%. Mas quase totalidade, mais otimista, admite uma redução de 0,25%.

 

Esse povo todo pode, e deve, estar bem informado. Mas nada me tira da cabeça que 100% deles, na verdade, está é chutando. Melhor, então, esperar pela reunião do meio da semana. E sem esquentar muito a cuca, pois a economia real vai bem, apesar do BC e dos analistas de mercado.

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a nota “Semana de incertezas e turbulências”, de Etevaldo Dias.

Leia também a reportagem“Unânime, mercado prevê corte de 0,25 ponto”, de Flavio Leonel e Francisco Carlos Assis, n’O Estado de São Paulo.

 

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