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O conclave. Não, não é a eleição do novo papa. Trata-se da sessão que sela o futuro de Renan

A similitude pode ser feita. Na escolha do Papa dos católicos apostólicos romanos, o Colégio dos Cardeais se reúne em conclave. Do local ninguém sai, enquanto o Sumo Pontífice não for ungido pela maioria de seus pares. Pode demorar um dia, ou o tempo que for necessário. Até que a fumaça branca saia e, então, os fiéis recebem a informação surgida da reunião.

 

No caso do Senado da República, por imposição constitucional (e não pela vontade de um ou outro, como de repente se ouviu e leu nos últimos dias) e do regimento daquela Casa do Parlamento, 81 parlamentares estarão reunidos em sessão secreta, um conclave, a partir das 11 da manhã desta quarta-feira.

 

Todos ouvirão o relatório do Conselho de Ética, que condena o presidente do Senado, Renan Calheiros, à cassação do mandato, por quebra de decoro parlamentar. E, também, escutarão o voto em separado, recomendando a absolvição. Falarão os advogados. E o acusado.

 

E depois, secretamente, todos votarão. O voto de Calheiros é irrelevante. A menos que vote contra si mesmo. Afinal, são necessários 41, para um veredito condenatório. E essa é a única dúvida, aqui: há sufrágios suficientes para que se casse Renan? Eis a questão.

 

Ah, e fumaça branca, no caso, significaria o quê? Não sei. Mas o anúncio será feito, provavelmente, no início da tarde. E estará selado o futuro do presidente do Parlamento brasileiro.

 

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