Universidade. Jornalista econômico e uma idéia de gestão para as instituições públicas
Luis Nassif é, provavelmente, o principal jornalista econômico do País. Certamente é o maior de todos, quando se trata de discutir quem implantou essa, digamos, especialidade, especialmente nos veículos impressos.
Hoje, além de sua empresa de assessoria, faz parte da equipe de comentaristas da TV Cultura de São Paulo e recebeu, em 2003 e 2005, por decisão da categoria, o melhor jornalista de economia da imprensa escrita, em consulta realizada pelo site especializado Comunique-se.
Durante muitos anos, mais de 20, foi colunista econômico do jornal Folha de São Paulo, de cujo Conselho Editorial fez parte.
Agora faz carreira solo e é mais um dos que se utilizam a internet como ferramenta para a difusão de notícias e idéias. Aliás, é uma delas, com todo o jeito para a polêmica, que ele difunde em sua página na rede. E trata das universidades. E mais exatamente das públicas. Sem fazer juízo de valor (o espaço está mais que aberto para quem desejar comentá-la, em artigo ou e-mail), passo a reproduzir o que Nassif escreve a respeito:
Idéias para gestão das Universidades
Um dos grandes desafios nacionais é a recuperação da excelência do ensino público superior. Em que pese o enorme avanço das Universidades privadas, a excelência está concentrada nas universidades públicas.
Por outro lado, são organizações sofrivelmente gerenciadas, em que a gestão é compartilhada por professores, que podem ser excelentes em suas áreas de especialização, mas em geral não são gerentes competentes.
Há dois vícios ideológicos muito fortes cercando a discussão sobre a Universidade. Uma, do chamado pensamento neoliberal, de que, em vez de estimular as universidades, o governo deveria aplicar recursos apenas nos ensinos básico e fundamental. Trata-se de uma bobagem, que significaria jogar pela janela os grandes centros de excelência em pesquisa e inovação existentes.
A segunda é do corporativismo universitário, que considera que a autonomia universitária pressupõe a auto-gestão – isto é, professores funcionários e alunos definindo o que é melhor. Não tem cabimento. A Universidade não é uma democracia. Ele precisa prestar contas à sociedade sobre a aplicação dos recursos públicos.
1. A estratégia da Universidade.
Há a necessidade de um Conselho Superior (talvez o próprio Conselho Universitário acrescido de representantes do Estado e da sociedade) incumbido de montar um planejamento de médio prazo (três, cinco anos), observando as demandas futuras da sociedade (mudanças de padrões tecnológicos, carência de profissionais em determinadas áreas). Tem que haver estratégias claras para ensino, pesquisa e extensão, as três funções primordiais da Universidade.
2. O planejamento dos Departamentos
O Conselho define as regras gerais. Depois, essas determinações irão para cada Departamento. Lá, os professores se reunirão com o Gestor Universitário (um gerente, com carreira à parte da carreira docente) e elaborarão um plano de trabalho que se adéqüe às orientações do Conselho.
Esse Gerente terá que compatibilizar metas e orçamento, definir etapas de implantação, identificar fontes de recurso (além dos orçamentários). Os professores dominam os
SE DESEJAR ler a íntegra do artigo, pode fazê-lo acessando a página do jornalista Luiz Nassif na internet, no endereço aqui.
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