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Orçamento. Yeda tenta convencer a bancada governista na AL a aprovar a proposta “realista”

Já houve muitos embates entre o governo do Estado e sua base, na Assembléia Legislativa. Um, lembra, antes mesmo de a gestão iniciar. E que obrigou o Palácio Piratini a recuar na sua intenção de aumentar impostos. Há poucas dúvidas acerca do fato de que nova tentativa acontecerá. Aparentemente, porém, a governadora Yeda Crusius está melhor preparada para o confronto.

 

Além dos números ruins, que no caso jogam a favor de medidas austeras, já aconteceu pelo menos uma vitória importante na Assembléia. Com as calças na mão, é verdade, mas o governo barrou a idéia de aumento para os Defensores Públicos. O desgaste foi inevitável – por falta de diálogo, inclusive.

 

Pois, agora, quando a idéia é propor o que Yeda chamou de “orçamento realista”, o que implica colocar no papel apenas números existentes de receita e despesa, não superestimando a primeira e/ou subestimando a segunda, não há dúvida que vai ser necessário conversar bastante. Ah, se vai. Inclusive porque se nota, especialmente no Poder Judiciário, uma pré-disposição para não concordar com cortes. E eles acontecerão, no que depender do Piratini.

 

Em todo caso, nesta segunda-feira, provavelmente bem aconselhada, e escaldada por episódios anteriores, a governadora conversou com deputados da sua base. Foi na informalidade. Mas aconteceu, como relata material distribuído aos veículos de comunicação, pela Agência de Notícias do Governo do Estado. Confira, a seguir:

 

“Governadora reúne-se com base aliada

 

No início da manhã desta segunda-feira (10), a governadora Yeda Crusius reuniu-se com representantes da base aliada do governo. Em encontro informal no Palácio Piratini, Yeda Crusius comunicou a todos que está iniciando o que classificou como “uma nova fase do governo, em que mais do nunca será necessária à cooperação de todos para que o Rio Grande comece a se desenvolver”.

A cooperação da base aliada mais do que nunca ganha importância, disse a governadora, “porque terá início uma série de racionalizações, visando a diminuir ainda mais os gastos do governo”. Yeda ressaltou ainda a importância do envio à Assembléia Legislativa – até o final desta semana – do Orçamento realista, ”em que estaremos abrindo com total transparência o Orçamento do Estado”.

Visibilidade
Conforme a governadora, o projeto que será enviado à Assembléia, “vai mostrar com visibilidade que a crise do Estado é real, sua origem e os motivos de o governo não conseguir honrar suas despesas mínimas, como pagar no dia 30 a folha integral”, explicou.

Yeda reforçou que será necessária uma negociação com os deputados que têm suas áreas de interesse, de defesa e representação. Além das reuniões das bancadas, a governadora salientou que o governo estadual terá que interagir com cada parlamentar “a fim de que ele compreenda as razões do Executivo quando propõe o Orçamento. Ele próprio terá a visibilidade necessária para expor as suas idéias e análise do que o Orçamento está propondo no plenário”, explicou.

Com a entrega do Orçamento à Assembléia Legislativa até a próxima sexta-feira (14), Yeda Crusius garante que será marcada uma nova fase do governo. “A primeira fase foi de montar governo, administrar, fazer o regime de caixa. Ela se completa agora, com a apresentação do Orçamento junto à Assembléia na proposta que estamos enviando”, afirmou. Ainda de acordo com Yeda Crusius, com o envio do Orçamento, terá início também a discussão detalhada de todas as políticas públicas que estão sob a responsabilidade do Executivo e a relação com os outros poderes.

Déficit
Em relação ao déficit orçamentário, a governadora explicou aos parlamentares que, por mais que o governo estadual tenha feito esforço e reduzido o déficit previsto de R$ 2,2 bilhões para R$ 1 bilhão, “ainda falta cobrir neste ano R$ 1,2 bilhão que, juntamente com a Assembléia, estamos buscando uma maneira de equacionar”.

Dentre as medidas adotadas até o momento para resolver o impasse a governadora ressaltou que já foi reduzido 30% do custeio, assim como o número de cargos de confiança. ”Também modernizamos algumas instituições, com o objetivo de gastar menos e produzir mais, fazendo mais com menos. Entretanto, tudo isso não foi suficiente para resolver o problema que é estrutural, e isso significa que o Estado tem um volume de gastos com contas elevadas”, disse.

“Uma parte do encaminhamento já foi obtida com a formação do fundo de garantia dos aposentados e servidores públicos, com os recursos da ampliação do patrimônio do Banrisul. A outra tem que ser a renegociação de dívida que estamos tratando com o Banco Mundial”, concluiu Yeda.

Participaram da reunião o chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, o senador Sérgio Zambiasi, os deputados Berfran Rosado, Jerônimo Goergen, Márcio Biolchi, Marco Peixoto, Silvana Covatti, Iradir Pietroski, Cassiá Carpes e o vereador Elói Guimarães

 

COMENTARIOZINHO CLAUDEMIRIANO: Pode ser até uma bobagem, mas você notou que, na relação de interlocutores da governadora, nesse encontro, estão representados PMDB, PTB, PP e PPS, mas não há um só nome tucano? Vai ver que, com eles, já esteja tudo certo. Ah, e do DEM de Paulo Feijó também não há citado.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui, se desejar, outras informações oriundas da assessoria de imprensa do Palácio Piratini.

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