Previdência. Mais emprego formal faz cair o déficit e transforma em pó a idéia de reforma
Ok, ok. O título desta nota talvez seja muito forte. Ou, pelo menos, ouvidos mais sensíveis podem ter se sentido incomodados. É. Pode ser. Talvez seja. No entanto, os números mais recentes ajudam a justificar a eventual veemência da manchete.
Aos fatos: a Previdência Social teve o menor déficit mensal de sua história agora em agosto. Mais que isso, a diferença entre o que é arrecadado e o que é gasto, em números absolutos, caiu de R$ 3,24 bilhões em agosto do ano passado, para R$ 2,58 bilhões no mesmo mês agora, em 2007.
Quais as causas para esse desempenho tão extraordinário? A principal delas, segundo informações oficiais foi, veja só, o aumento do número de empregados com carteira assinada. Trocando em miúdos: aumentou a arrecadação decorrente do singelo fato de haver mais brasileiros trabalhando.
Na outra ponta, reduziu-se a quantidade de benefícios, decorrente, entre outras causas, do censo previdenciário que fez sumir da lista de pagamentos muitos mortos que, coisas do Brasil, ainda recebiam. Ah, e um incremento na arrecadação, provocado por uma fiscalização mais eficiente.
Talvez seja muita pretensão claudemiriana, mas esses números permitem supor pelo menos duas coisas: (1) a melhoria das condições econômicas com a geração de novos empregos, facilita a vida de quem administra a Previdência. Afinal, há mais recursos disponíveis; e (2) por que propor mudanças, se o remédio é conhecido? Hein? Daí por que a expressão do título: transforma em pó a idéia de reforma.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem Formalização faz déficit da Previdência cair 20% em agosto, de Lorenna Rodrigues, na Folha Online.
Leia também a reportagemDéficit da Previdência tem maior queda desde 1990, de Isabel Sobral, da Agência Estado.
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