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Renan. Encontro com Lula pode decidir o futuro do senador. Não falta quem o deseje longe

Até quinta-feira, muito provavelmente, o Conselho de Ética deve decidir sobre pelo menos uma das representações contra Renan Calheiros, apresentada pelo PSol. A tendência, consta, é pelo arquivamento. Baseada apenas em reportagem (aliás contestada) da revista Veja, trata da relação do senador alagoano com a Cervejaria Schincariol.

 

Mas não é apenas essa. Há ainda a que trata da questão das emissoras de rádios de Alagoas, das quais Renan seria “sócio oculto”. E pela qual teria pago com troco meio estranho. Também por aí ele deve se safar. Afinal, o que não falta é senador (e deputado) controlando emissoras de rádio e TV. E há suspeita muito forte de “vendeta” do acusador, ele próprio não exatamente uma pessoa, digamos, de reputação irrepreensível.

 

Uma outra representação, que envolve um empresário que teria recebido dinheiro suspeito de Renan Calheiros é ainda mais bizarra. Além de tudo, tem a ver com lençóis, vingança de ex-marido contra ex-mulher, ou coisa parecida. Ah, e também a única evidência é uma reportagem adivinha de quem? Isso mesmo, da revista Veja.

 

Enfim, há boas chances de o senador, absolvido semana passada por seus pares, se safar. No entanto, há um complicador político para o governo (que, com vários votos oposicionistas, ajudou Renan). Qual? A votação da CPMF é um deles. E não é nada bom para Lula ver a coisa andando desse jeito, meio de lado, quando não quase paradas.

 

Por essas e outras que, mais que a pressão familiar (que estaria sugerindo um período de férias de 15 ou 20 dias) ou dos aliados que gostariam de vê-lo longe por uns tempos, o que vai pesar, meeeesmo, é o encontro que deve acontecer nesta terça entre Renan Calheiros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – já de volta após um périplo europeu.

 

Renan vai “tirar a febre”. E ver se vale a pena continuar. Ou o instinto de sobrevivência, que é algo no qual ele parece ser mestre, que vai indicar se sua ausência é melhor ou pior pra ele. Atenção: para ele. E não para Lula. É o que se verá, antes que o sino da meia noite toque.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem “Família pressiona para que Renan tire férias; ele quer conversar antes com Lula”, na Folha de São Paulo.

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