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TVA-Abril. A CPI da “viúva Porcina” pode até não se realizar, mas o medo é grande

Não deixa de ser engraçado. Algumas CPIs são defendidas com unhas e dentes pela mídia. Até mesmo sabendo que inócuas, ou inadequadas, ou até sem sentido – dado o fato de autoridades policiais e/ou judiciárias estarem tratando do assunto. Mas o argumento é um só: e por que não? Afinal, Comissões Parlamentares de Inquérito são importantes, necessárias, sempre. E blá-blá-blá.  E mais blá-blá-blá.

 

Só que, de repente, o alvo mudou. E o argumento passa a ser outro. Desconfie, ah desconfie quando a editora Abril faz de tudo, mas de tudo meeeesmo, quase no “limite da irresponsabilidade”, para impedir que se crie uma CPI para investigar as relações dela (que publica, entre outras revistas, a Veja) e a Telefônica de Espanha, no “acordo de parceria” que nada mais teria sido que a venda da empresa nacional para a estrangeira. O que, suspeita-se, é ilegal e inconstitucional.

 

Mas o desgaste para transformar em viúva Porcina (“a que foi sem nunca ter sido”) a CPI da TVA-Abril se amplia. E não custa nada ler o argumento de quem é a favor da Comissão. Aliás, essa nota é inspirada no colega Fritz Nunes, que enviou o material em que estou baseando o que escrevo. Confira:

 

 

“Por que a CPI da TVA-Abril-Veja passou a ser necessária

 

A Veja que foi para as bancas neste final de semana volta à carga contra a criação da CPI da TVA, que vai investigar a venda da TVA (Grupo Abril, que edita a Veja) para a Telefônica. A Anatel, num primeiro momento, aprovou o negócio, mas impôs condições.

 

Por Antônio Mello (Blog do Mello)

A suspeita que originou a criação da CPI é a de que o negócio daria a uma empresa estrangeira o controle sobre um meio de comunicação, o que é proibido no Brasil. Segundo se suspeita, haveria um contrato de gaveta, onde o controle da TVA ficaria nas mãos da Telefônica (espanhola).

O desespero da Veja decorre de alguns fatores. Em primeiro lugar, os que defendem a criação da CPI conseguiram juntar assinaturas suficientes para protocolar o pedido – 181 assinaturas de deputados. Isso foi um duro golpe para a Abril, porque inesperado.

Por causa disso a Veja da semana passada partiu para o ataque, afirmando que a tentativa de instalação da CPI é uma vingança pessoal do senador Renan Calheiros, contrariado com as reportagens da revista, que o colocaram com a corda no pescoço.

Ilegal, e daí? Lobistas da Abril tentam convencer deputados a retirar assinatura

Segundo o Portal Vermelho, a editora Abril espalhou lobistas pela Câmara na tentativa de virar os votos dos signatários da proposta da CPI. Isso é ilegal – repito, ilegal -, mas, no entanto, foi confirmado pelo assessor de imprensa do Grupo Abril:

A Editora Abril está em plena atividade para abortar a CPI da Abril-Telefônica. Nesta quarta-feira (5) – dia de maior movimentação de parlamentares na Câmara Federal -, um grupo percorria as dependências da Casa, pedindo aos 182 deputados que assinaram o pedido da CPI que assinem outro documento, com um contra-pedido.

O jornalista Gustavo José Batista do Amaral, assessor de imprensa do Grupo Abril, que participava da ação, admitiu a coleta, mas disse que não sabia dizer quantas assinaturas tinham conseguido porque havia várias pessoas abordando os parlamentares. Amaral também reconheceu que o Grupo Abril não podia realizar a operação.  

21 deputados já tentaram retirar suas assinaturas. São eles: Arnon Bezerra, Gilmar Machado, Lincoln Portela, Marcelo Itagiba, Marcio Junqueira, Ricardo Izar, Antônio Roberto, Ratinho Junior, Elcione Barbalho, Walter Pinheiro, Eliseu Padilha, Darcísio Perondi, Jorge Khoury, Silvio Lopes, Raimundo Gomes de Matos, Barbosa Neto, Colbert Martins, Pedro Chaves, Professor Sétimo, Fátima Pelaes          

Os 13 últimos o fizeram entre os dias 3 e 5 de setembro, ou seja, entre segunda e quarta, logo após a edição de Veja da semana passada. Entre eles, dois deputados do PT. Um da Bahia, Walter Pinheiro, e outro de Minas, Gilmar Machado… “

SUGESTÕES DE LEITURASe desejar ler a íntegra da nota acima acesse a página “do Vermelho” – onde você encontra também outras informações que têm como origem o PC do B.

Confira aqui outras notas do Blog do Mello.

 

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