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Prefeitura. Frentão oposicionista com Schirmer na cabeça é “praticamente certo”, diz Nicoloso

Prudente. Excessivamente prudente, talvez. Mas o fato é que, mesmo que inquirido incisivamente por este (nem sempre) humilde repórter, o presidente (agora não mais interino) do PMDB, Renato Nicoloso, recusou-se a garantir que está garantido o frentão que terá Cezar Schirmer como candidato a prefeito em 2008.

 

A expressão “praticamente certo” foi a preferida do líder peemedebista confirmado pelo diretório eleito ontem na convenção municipal do PMDB. Mesmo que, ao final da convenção do PP, realizada praticamente nos mesmos horários, estivessem presentes todos os principais dirigentes dos partidos (os outros são PSDB, PPS e DEM), que se manifestaram em favor de Schirmer como o candidato de todos à sucessão de Valdeci Oliveira, em 2008.

 

Talvez – e essa é apenas uma opiniãozinha claudemiriana – porque algumas arestas importantes precisem, ainda, ser aparadas. O que pode levar um bom tempo. Ou até um tempão, politicamente falando, que se esgota nas convenções definitivas, que ocorrem entre maio e junho de 2008, o ano do pleito.

 

No caso do PP, há dúvidas, e elas decorrem do comportamento histórico do personagem, se José Farret se disporia, ele mesmo, a oferecer próprio nome do vice. Embora seja o preferido do PMDB. Há alternativas pepistas, porém, que podem entrar no jogo: Sandra Rebelatto e Sérgio Cechin seriam duas delas. Mas, no pepismo, ao menos não houve problemas na confirmação de um diretório de consenso, ontem, e de uma Executiva idem – confirmando-se a continuidade de Marcelo Dalla Corte na presidência.

 

No PSDB, há um clamor interno em torno da figura de Jorge Pozzobom como candidato a prefeito. E na cabeça da chapa. No frentão isso é, obviamente, impossível. Numa chapa separada? Quem sabe, quem sabe… Mas há espaço para uma aproximação, dizem todos os envolvidos – nem sempre com convicção, mas falam.

 

PPS e DEM são coadjuvantes no processo. E podem engrossar o Frentão. Mais os demistas que os ex-comunistas. Este enfrentarão dissidências fortes, capitaneadas por Luiz Celso Giacomini, signatário da idéia de que Paulo Pimenta, do PT, é o nome a ser apoiado. Schirmer? Jamais, ao menos por Giacomini, ainda tendo em mente os episódios que o afastaram da disputa à Assembléia Legislativa, em 2006.

 

Resta o PMDB. Ali, só há uma coisa 100% certa: a candidatura de Cezar Schirmer, pela terceira vez, à chefia do Executivo Municipal. E, desta vez, enfim, ao contrário do confronto de 2005, fez-se a unidade. As correntes que discordam da forma como o partido era conduzido recebera espaço. E até mesmo um veto a Robson Zinn, como candidato a vice-presidente, acabou sendo retirado na undécima hora. Confirmando acordo que teria sido feito, sob a chancela de Schirmer, em encontro ocorrido há duas semanas, em Porto Alegre.

 

Assim, o peemedebismo passou pelo primeiro grande teste interno. Inclusive com o afastamento de gente que era por demais identificada com Schirmer, e que não figura num cargo sequer de comando, agora, em 2007. Até isso foi entendido como um sinal facilitador do entendimento.

 

E, desta forma, mais que o diretório, o que chama a atenção é o ecumenismo da Executiva. Que contempla todas as correntes, inclusive em cargos-chave. O presidente é Renato Nicoloso, ligado a Schirmer, do qual é assessor. O primeiro vice é Zinn; o segundo é Antonio Padilha. Depois, na tesouraria, cargo vital, alguém em quem o candidato a prefeito confia, Antonio Carlos Lemos, ex-presidente. Mas que diz o que pensa, e que não combina muito bem com a idéia de falar apenas sim e sim. Ou não e não. E tem, na sub-tesouraria, uma histórica peemedebista, Sonia Hoer.

 

Na estratégica secretaria geral, foi contemplado Cláudio Rosa, o vereador que também não afinava com o “establishment”. É dele a indicação de Adelar Vargas na função. E, por fim, os vogais: Ricardo Bassi, presidente da Juventude (que abdicou de cargo maior em nome da unidade, como me disse ainda na noite de ontem, satisfeito com o resultado da convenção) e Algemiro Ariosto Nunes, histórico peemedebista.

 

Enfim, fez-se a paz peemedebista. Esperam os envolvidos que seja duradoura. Mas, mesmo assim, Renato Nicoloso (na foto, com o líder Schirmer e o 1ºo vice Zinn, no início da convenção de ontem) prefere o prudentíssimo “praticamente certo”. Então, tá.

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