Psssst!!! No caso dos cartões, bem que o general poderia ter ficado quietinho. Seria melhor
Confira a nota publicada pelo Editor Chefe do Jornal do Brasil, Tales Faria, no Blog dos Blogs. No final, um pequeno comentário meu. A seguir:
O que é isso, general?
A Folha de S.Paulo informou neste fim de semana que os seguranças do presidente Lula e parentes, em São Bernardo, gastaram, em três anos, R$ 149 mil. Foram compradas, entre outros itens, esteiras ergométricas.
Os seguranças pessoais de Lurian, outra filha do presidente Lula, que mora em Florianópolis, gastaram R$ 55 mil. Ontem o ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Félix, disse que a família do presidente tem direito por lei à segurança 24 horas por dia. E que não houve nenhuma irregularidade nos gastos.
Até aí tudo bem. Mas aí o general disse que está estudando tirar os gastos com segurança do Portal da Transparência, na internet. Segundo ele, os comprovantes, estão à disposição dos órgãos de fiscalização. Mas, pelas características das compras, alguém poderia deduzir o número de seguranças que estão à disposição do presidente.
As informações que, no nosso entender, trouxerem algum tipo de prejuízo à segurança do presidente e às demais pessoas, essas informações não mais estarão presentes no Portal da Transparência, disse Félix.
Eu aqui fico preocupado. Acho perfeitamente explicável boa parte dos gastos com cartões corporativos. Principalmente se há uma prestação de contas submetida ao TCU. Inclusive as esteiras rolantes para ginástica da equipe de segurança. Imagino que, em qualquer país do mundo, seguranças de presidentes têm material de ginástica à disposição para manterem a forma.
Mas acho também que a sociedade tem todo o direito de saber disso, de discutir esses gastos. Tem muito farisaísmo aí, muita disputa política por trás desse blablablá, mas, de fundamental, tem uma discussão detalhada sobre a qualidade dos gastos públicos que é, sim, importante para a sociedade.
Cabe à equipe de segurança do presidente, ao general inclusive, na hora em que decidem usar o cartão – sabendo que seus gastos serão divulgados -, usá-los de uma maneira que não permita a identificação de dados de segurança, como quantas pessoas trabalham na equipe. Bastaria, por exemplo, permitir que apenas dois ou três usem os tais cartões para pagar despesas do trabalho.
Cuidado, general, esse negócio de esconder dados acaba virando um tiro pela culatra!
COMENTARIOZINHO CLAUDEMIRIANO: Fecho em gênero, número e grau com Tales Faria. Boa parte, quase tudo aliás, pode ser explicado. Mas é inadmissível que, em vários casos, a transparência seja apenas uma palavra solta. O general poderia ter ficado quieto. No mínimo
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Tales Faria, Editor Chefe do Jornal do Brasil, no Blog dos Blogs.
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