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ELEIÇÕES. E já começa a fazer água a aliança entre PPL e DEM: ideologia estaria vencendo o pragmatismo

Nelson Cauzzo, o presidente conciliador do DEM, administra a crise, que deve ser resolvida em junho. Se fosse hoje, sem aliança com o PPL
Nelson Cauzzo, o presidente conciliador do DEM, administra a crise, que deve ser resolvida em junho. Se fosse hoje, sem aliança com o PPL

Se não há dúvida alguma a respeito da possível união entre o Partido Pátria Livre (PPL) e o Democratas (DEM) é a que o motivo único a permiti-la seria o pragmatismo. Jamais a ideologia esteve em jogo nas conversas havidas. Afinal, pelo menos historicamente, são como água e azeite. O primeiro, nascido como MR 8 nos tempos da ditadura; o segundo, um dos sucedâneos da Arena, que deu sustentação político-parlamentar ao regime autoritário.

Só mesmo a conveniência eleitoral, cevada nas boas relações pessoais entre a grande liderança pepelista, o vereador Werner Rempel, e sua reconhecida idoneidade, e dirigentes do DEM, a começar pelo também edil Manoel Badke, podem justificar uma coligação para o pleito de outubro.

A ideia, objetivamente, era oferecer a Rempel um espaço em rádio e televisão de que ele não dispõe (seu partido não tem sequer um deputado federal) e os votos do PPL se juntariam aos do DEM no pleito proporcional, praticamente garantindo a eleição de pelo menos um vereador, talvez dois.

Pois é. Mas acontece que, de repente, os sussurros internos no DEM aumentaram de tom e hoje há sonoras vozes se levantando contra o acordo. Subsidiariamente levantam a ideia de que não seria assim tão bom o acordo eleitoral e que há opções mais vantajosas no “mercado eleitoral”. Mas, principalmente, o que está “pegando” é justamente a ideologia. Isto é, demistas veteranos ou nem tanto se levantam e se mostram contra a aliança com um adversário pra lá de histórico.

Objetivamente, reunião da semana passada, do Diretório Municipal, quase redundou em cisma e decisão. Que seria, segundo fonte privilegiada do editor, a pá de cal na aliança e a busca de novas alternativas. Conciliador, o presidente Nelson Cauzzo conseguiu jogar para o futuro (próximo) uma decisão, entendendo ser possível costurar um acordo interno que impeça a fratura.

Propôs, o sempre cordato Cauzzo, que se sabatinasse Werner Rempel (não se sabe se isso foi combinado com ele) e a outra opção claramente posta pelos demistas descontentes e, talvez, majoritários: Jorge Pozzobom, do PSDB, muito mais próximo ideologicamente.

Aliás, defensores da aliança com o tucano propõem o esquecimento de desavenças havidas inclusive recentemente, com a cooptação de um ex-vereador eleito pelo DEM, Tavores Fernandes. Tudo em nome da ideologia, e não do pragmatismo que seria muito mal interpretado, inclusive (e principalmente) pelo eleitorado.

O próximo embate interno, que pode nem acontecer, dados os esforços para firmar um acordo, acontece em junho. Nova reunião do Diretório será marcada. E já para bater o martelo. De um lado, a ideologia. De outro, o pragmatismo. Se a decisão fosse hoje, a aliança DEM/PPL seria implodida. Se fosse hoje…

EM TEMPO: entre os defensores da aliança com Pozzobom, afora Manoel Badke, principal patrocinador da aliança com Rempel, estariam o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, a secretária adjunta de Desenvolvimento Social, Zélia Cunha, e o próprio Nelson Cauzzo. Um deles, inclusive, poderia ser vice de Pozzobom, em caso de eventual acordo demotucano.

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