E olha que são só 800 metros! Ok, 1 km!

Até o final da tarde de hoje não havia chegado ao Centro Administrativo Municipal o questionário elaborado na última terça-feira, 24 de maio, pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Vereadores, em relação ao projeto de lei que autoriza o Executivo a adquirir o Cine Independência. No local, deve ser instalado o shopping popular.
      Este profissional foi pesquisar nos nossos jornais e encontrou, por exemplo, na edição de quarta-feira, do Diário de Santa Maria, reportagem com as 10 perguntas (leia mais abaixo) feitas pela CCJ, e a seguinte frase: “se a prefeitura enviar as respostas até a próxima terça-feira, a previsão de Pozzobom é que o projeto seja votado no dia 7 de junho.”
      Bem. Provavelmente o parlamentar tucano, Jorge Pozzobon, presidente da CCJ – ou sua assessoria, ou a assessoria do legislativo, ou sei lá quem é o responsável pelo envio do material -, imagina que a Prefeitura fique a uns 2 mil quilômetros do prédio da Câmara. Não. São 800 metros. Um quilômetro, se tanto. Acho que explicações são necessárias.
      Mesmo com o feriado de quinta-feira, ainda sobraria a quarta-feira e a sexta. E hoje. E até agora, nada. Como não criticar? Como? O próprio vereador Pozzobon fica desmoralizado, se a sua comissão não consegue sequer enviar um ofício ao Executivo.
      Leia, a seguir, as dez perguntas (retiradas daquela mesma edição do DSM) feitas e, por enquanto, não recebidas nem respondidas, obviamente.
     
      1)Quanto custará a reforma do prédio e quem pagará?
      2)Aqueles que ocuparem o prédio terão de pagar para trabalhar no local?
      3)Haverá espaço para todos os informais da cidade se alojarem neste prédio? Uma vez não havendo espaço para todos, onde serão instalados os informais que não forem para lá?
      4)Após a aquisição desse novo prédio, não será permitida a presença de ambulantes no Calçadão, praça, ou seja, em todo o Centro da cidade?
      5)Quem poderá ocupar o shopping?
      6)Que critérios serão usados para selecionar quem fica com a vaga?
      7)Qual será a situação deste imóvel no que se refere ao atual e a o novo plano diretor em relação ao tombamento do prédio?
      8)Qual a previsão do custo de manutenção do prédio e quem pagará taxas de água, luz etc?
      9)Qual será a contraprestação que o município receberá em troca dessa vultuosa despesa financeira?
      10)Qual é a garantia de que com a aprovação desse projeto será resolvido o problema de ocupação do espaço público no centro da cidade?