Olhar de fora. Análise da crise do governo gaúcho, feita por jornalista com base em Brasília
Pode ou não ser correta, mas enfim é a observação de quem está longe do Estado. Afinal, como repercute, por exemplo no planalto central, o que acontece no mundo político gaúcho? Busquei uma avaliação de quem é pouco conhecido por aqui. No caso, a repórter da agência Santafé Idéias, Sarah Barros. O texto que você lerá a seguir foi originalmente publicado na página editada pelo experimentado jornalista (com experiência inclusive no Palácio do Planalto) Etevaldo Dias. Lá no final, uma observação minha. Confira:
Crise no governo gaúcho não tem data para acabar
A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, não sabe bem quando vai acabar a crise política vivida pelo estado nas últimas semanas. Desde a divulgações de gravações contendo dados sobre desvio de dinheiro público para campanhas de partido que compõem a base do governo, quatro componentes do governo foram substituídos. As gravações foram apresentadas há cerca de duas semanas pelo vice-governador Paulo Feijó (DEM) na Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Legislativa do estado, que investiga o desvio de R$ 44 milhões do departamento.
A partir de entrevista dada ao site oficial do PSDB no último final de semana, percebe-se que Yeda vai responder a ataques, mais do que se antecipar ao bombardeio que a espera, especialmente, em ano de eleição. Ao responder sobre quando acha que a estabilidade política voltará às terras gaúchas, a governadora diz que a proximidade das eleições municipais trará a tona o debate sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal. Tomando em conta que as campanhas vão até outubro, deve levar um bom tempo.
A idéia é, enquanto durar a crise, ressaltar avanços, segundo Yeda, obtidos em sua gestão, que permitiram, por exemplo, a enquadramento do governo estadual nos ditames da lei, regularizando as folhas de pagamento e impondo um ajuste fiscal, que, de acordo com ela, fere muitos interesses.
Sobre as denúncias de desvio de recursos do Detran gaúcho,Yeda aponta que o problema é antigo, de governos anteriores, e que a condução da Comissão Parlamentar de Inquérito aberta na Assembléia Legislativa do estado propiciou o ambiente para que o vice-governador, Paulo Feijó (DEM), semeasse a crise. Sobre a possibilidade de impeachment, pedida pelo PSOL, ela reitera: “É uma ação de oposição e ele deve seguir o seu curso junto a Assembléia Legislativa. Cada parte da oposição grita como o seu rito manda que faça”.
OBSERVAÇÃO CLAUDEMIRIANA: não sei quando (e se) a crise será estancada. Mas é fato que a governadora está se mexendo, buscando recompor suas forças. Se conseguirá é algo que se saberá nos próximos meses, mais exatamente depois da eleição de outubro. Aliás, o episódio eleitoral pode ajudar a governadora, na medida em que as atenções estarão muito mais voltadas às comunas que à província. Sim, não acredito em estadualização de campanha alguma, exceto em algum ponto localizado. Nada além disso.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Etevaldo Dias.
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