Sozinho. Alckmin, contra tudo e todos. E o tudo e o todos não são necessariamente Lula
É incrível. Reconheço que não cheguei nem perto de pensar nisso. Mas Tão Gomes Pinto, um veterano jornalista, que esteve na equipe fundadora da hoje maior (mas não melhor; o que era, então) revista semanal do País, a Veja, percebeu. E escreveu.
Se Geraldo Alckmin vencer a eleição, poderá dizer com toda a tranqüilidade que conseguiu sozinho. Por mais acompanhado que pareça estar. Difícil de entender? Nem tanto. Claro, digo isso agora, depois de ler o que o Tão escreveu. Leia você também:
O tucano Alckmin, antes de tudo um lutador solitário
É preciso reconhecer, qualquer que seja o resultado deste segundo turno, que o tucano Geraldo Alckmin foi, antes de tudo, um lutador solitário.
Agora, nos finalmentes da campanha, Alckmin ficou praticamente só no ringue, enfrentando multidões de adversários enraivecidos (sabe lá o que é a perspectiva de perder tantos empregos, bem pagos e sem concurso?, observa, com mordacidade o Carlos Brickmann)
Seus aliados, quando se aproximam, apenas torcem. Mas sempre se mantem à distância, do lado de fora.
O cacique maior da tucanagem, o senador cearense Tasso Jereissati, se recusou a apoiar Alckmin em seu Estado.
Preferiu apoiar o candidato de Lula, que venceu no primeiro turno e agora faz campanha por Lula no segundo.
Brickmann pergunta a você leitor: lembra de Eduardo Paes, o feroz deputado tucano que, nas CPIs, fazia cara de bravo e se dirigia agressivamente aos interrogados?
Foi candidato ao governo do Rio, tomou uma surra e, no segundo turno, apóia Sérgio Cabral, o candidato que faz campanha por Lula.
Geraldo Melo, o Tamborete, presidente tucano no Rio Grande do Norte, tentou o senado e perdeu.
Agora, apóia a governadora Wilma Faria, do PSB, que faz campanha por Lula.
Roseana Sarney, pefelista e portando aliada do candidato, veio pedir socorro a Lula para tentar salvar-se no Maranhão, e foi prontamente atendida, diga-se.
Se esta é a posição dos caciques, imagine a dos índios.
André Puccinelli, outro aliado de Alckmin pelo PMDB, ganhou o governo do Mato Grosso do Sul e tirou férias na campanha de segundo turno.
Isso para não falarmos do passado, quando o “principe” FHC, grão-mestre da tucanagem, proclamou aos quatro ventos que o partido errara na escolha do candidato.
Ou nas recentes intervenções do Super-Privatizador, o “Mendonção”, que literalemte acusou Alckin de incompetente e de fugir da briga por não ter mostrado firmeza ao defender a privataria tucana.
Ainda ontem, o senador Alvaro Dias criticava o comportamento de Geraldo Alckmin nos seus programas de tevê. Segundo Alvaro Dias, o candidato deveria inovar todos os dias, mostrar mais emoção e indignação.
O senador paranaense acha que foi um erro o programa do PSDB ficar perguntando, exaustivamente, “de onde veio o dinheiro ?”
“A campanha deles não fez perguntas sobre as privatizações” lembra Alvaro. E acrescenta: eles afirmaram.
“Nós devíamos ter afirmado que a responsabilidade pelo dinheiro era do Lula”, acrescentou Alvaro.
Bem, águas passadas não movem moinhos, como se diz.
Sem dúvida, uma vitória de Alckmin traria ou trará problemas – e sérios – para algumas cabeças coroadas da tucanagem
SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://taogomespinto.blig.ig.com.br/.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.