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Navalhaço (2). Ecumenismo, traço pra lá de incontestável da mais recente falcatrua nacional

Não é por acaso, como escreverei mais adiante, que políticos até outro dia empedernidamente interessados em Comissões Parlamentares de Inquérito, fossem quais fossem, agora se encontram na retranca.

 

Exemplo (há outros, mas fiquemos com este, por ora) é José Agripino Maia, líder da bancada do DEM no Senado. Questionado sobre a possibilidade da criação de uma CPI, ele que gosta tanto delas, o glorioso representante do povo potiguar respondeu: “melhor esperar a investigação da Polícia Federal”.

 

Desse argumento o senador não se utilizou outras vezes. Ao contrário, afirmou sempre, antes, que o Congresso até poderia “ajudar” a corporação policial. Falso. Nada mais falso.

 

A questão agora, e José Agripino é apenas uma ilustração, é que a falcatrua pegou todo mundo. E, pior, do ponto de vista do líder demista, muito mais gente da oposição do que do governo. Mas este não pode ficar faceiro: além do prefeito petista de Camaçari, há o afilhado Sarney-calheirista Silas Rondeau, às voltas com qualquer coisa parecida com 100 mil problemaços, e já fora do governo, como você leu em nota anterior.

 

Mas o temor agripinista é solidário. Afinal, são, segundo cálculos mais recentes, nove siglas, e todas supostamente grandonas, que tem gente sua com culpa no cartório. Boa parte, inclusive, que já sentiu o quanto pode doer um par de algemas.

 

Além do DEM e do PT, sentiram o navalhaço também PMDB, PSB, PP, PR, PDT, PSDB e PPS. Quer dizer, a fina flor da política partidária nacional. Aí, bem, aí CPI pra quê?  

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – acredite, é absolutamente imperdível o texto“Navalha deixa quase todos nus”, escrito primorosamente pelo jornalista Bob Fernandes, editor do site Terra Magazine. Ele conta, como protagonista privilegiado da época e dos locais, o que aconteceu com as CPIs e a mídia grandona, desde os tempos de Fernando Collor, no início dos anos 90. Repito: é imperdível!

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