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Hipocrisia. Ianques e europeus malham Amorim. Tudo em nome do mercado. Deles, bem entendido

Adivinha quais são os países mais protecionistas do planeta? Sim, eles mesmos, os Estados Unidos e os gigantes europeus, a começar pela França. Os ianques adoram o livre-mercado. Fazem verdadeiros templos para o Deus mercado. Desde que, claro, sejam eles os dominadores e não se vejam prejudicados. Assim que sentem o perigo, dá-lhe incentivos aos seus exportadores, de um lado, e sobretaxa para bens e serviços importados, quando um emergente se assanha.

 

E os franceses, então, que subsidiam seus agricultores até o limite máximo e inclusive além dele, para garantir preço e qualidade de vida. Para os seus. Azar dos países, como o Brasil, por exemplo, que tentam ser competitivos. Isso sem falar nos caminhoneiros da terra de Asterix, que logo que o governo imagina a possibilidade de abrir uma fresta, fazem greve e paralisam a economia. Bom, claro, para a organização dos trabalhadores. Franceses, bem entendido. Os outros que se danem.

 

Enfim, é assim que a coisa funciona. E de repente, quando alguém lhes coloca na cara a situação, vira até criminoso. Coisa que tentaram fazer com o chanceler brasileiro Celso Amorim. Tudo porque ele citou Goebbels, para quem uma mentira contada muitas vezes vira verdade. E é assim, meeesmo.

 

O interessante é que, na mídia grandona brasileira, acocorada ao interesse ianque e/ou europeu, a história virou um “deslize”. Deslize coisa nenhuma, Amorim está certo. E defende o Brasil e os brasileiros, incluídos os grandes produtores. Quem está errado são seus críticos, inclusive internos.

 

Quanto a mim, faltou competência para tratar do assunto, reconheço. Ainda bem que encontrei quem escrevesse o que eu próprio não consegui. E o fez com competência, sabedoria e conhecimento amplo da história. É o que reproduzo agora. Trata-se do experiente Mauro Santayana, na coluna “Coisas da Política”, publicada no Jornal do Brasil. Leia você mesmo, a seguir:

 

“Sobreviventes do holocausto

 

A diplomacia não se faz só com palavras escolhidas e referências oblíquas. Às vezes é preciso dizer as coisas como são – o que fez o ministro Celso Amorim, a propósito das infindáveis conversações da Rodada de Doha.

Todos sabem que controlando as informações mundiais, os países ricos fazem mais ou menos o que fazia Goebbels: distorcem os fatos e suscitam o ódio contra os que consideram adversários de seus interesses, como fizeram Bush e Blair em relação ao Oriente Médio. Agora tentam jogar a opinião pública mundial contra os países emergentes, que procuram defender os pobres nas negociações de Doha.

Imediatamente à declaração do ministro, aproveitando-se do fato de ser a senhora Susan Schweib, chefe da delegação norte-americana, filha de um sobrevivente do holocausto, membros da delegação norte-americana acusaram Amorim de ter cometido uma ofensa diplomática. Torceram os fatos e fizeram provocação gratuita. A embaixadora Schweib representa os Estados Unidos: não representa o povo judeu. Sobreviventes do holocausto somos todos nós, que estaríamos na imensa pira do nazismo, se os aliados, com os russos à frente, não houvessem cortado o passo a Hitler e seus seguidores. Os judeus, os eslavos e os ciganos foram vítimas preferenciais, por estarem à mão, mas Hitler não enganou ninguém. É só ler Mein Kampf e, ainda de forma mais clara, o livro Hitler m’a dit, de seu confidente Hermann Rawshning. Seu objetivo era escravizar todos os povos do mundo – e exterminar os que pudessem liderar a resistência contra a Herrenrasse que julgavam ser.

Ontem (domingo) mesmo, quando os jornais comentavam a reação norte-americana à observação de Celso Amorim, El Pais denunciava, em extensa reportagem, a existência de campos de concentração flutuantes dos Estados Unidos. A partir da Sétima Frota, estacionada na Ilha de Diego Garcia (formalmente sob administração britânica), navios norte-americanos vagam pelo Oceano Índico, com prisioneiros clandestinos, suspeitos de terrorismo, interrogados em seus porões, longe de tudo, de advogados, de familiares, do conhecimento da opinião pública.

A ilha de Diego Garcia, descoberta pelos portugueses no século 16, era ocupada por nativos, que foram obrigados a migrar para Mauritius, nos anos 70, a fim de facilitar as instalações navais americanas. Expulsos de seus lares e de sua subsistência econômica, recorreram à justiça britânica, que, em 1990, considerou ilegal a expulsão e determinou o retorno – mas a ordem ficou sem cumprimento, até que, em…”

 

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra do texto “Sobreviventes do holocausto”, de Mauro Santayana, na coluna “Coisas da Política”, no Jornal do Brasil, reproduzido por Tales Faria, no Blog dos Blogs. E clique aqui, se desejar ler outras notas do BB.

 

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