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Mais troco. Aumento superior à inflação para o “Bolsa Família” é eleitoreiro? Não. E sim!

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (na foto de Marcello Casal/Abr), disse nesta segunda-feira, a propósito do aumento de 8% no Bolsa Família, que pretende continuar o reajusto do programa, se for o caso. Saiba mais, na reportagem de Paula Laboissière, da Agência Brasil. Lá no final, o meu comentário. Acompanhe:

“Vamos continuar reajustando Bolsa Família, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (30) que vai continuar reajustando o valor do benefício pago pelo Bolsa Família. Para ele, os que acusam o governo federal de uso eleitoreiro do programa “perderam a sensibilidade”.

“Estamos dando o reajuste porque temos condições de dar, porque tem, no orçamento, dinheiro para dar este reajuste. Na medida em que puder reajustar mais, vamos reajustar mais fortemente”.

O valor básico do Bolsa Família – que no último reajuste, em agosto do ano passado, era de R$ 58 – passou para R$ 62 e o benefício variável agora é de R$ 20 contra os R$ 18 repassados até então. A partir de amanhã (1º), 11 milhões de famílias atendidas pelo programa poderão sacar os valores já alterados.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula reforçou que o reajuste de 8% corresponde ao aumento dos preços dos alimentos ocorrido nos últimos meses e que o cálculo é de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com o Ministério da Fazenda.

“A parte mais pobre da população, que ganha uma ajuda para comprar comida para levar para casa e sustentar a família, merecia que a gente fizesse a reposição inflacionária”.

COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: cada vez que há um aumento do Bolsa Família, seja no valor pago ou na quantidade de beneficiados, surge a acusação de que se trata, de um lado, de um programa assistencialista, de outro que é eleitoreiro. O fato é que o BF se transformou em modelo de distribuição de renda (temporário?) reconhecido por organizações insuspeitas, como as Nações Unidas ou, pasme, o Banco Mundial. Portanto, é legítimo. E absolutamente necessário à integração de um grande número de brasileiros (estima-se em 45 milhões) à economia, e especialmente ao consumo. O que faz com que milhares de empresários, de pequenos a médios e grandes, o festejem, especialmente em regiões mais atrasadas do País.

 

A segunda pecha sobre o Bolsa Família seria o seu caráter eleitoreiro. Como há eleições de dois em dois anos, qualquer medida que redunde em crescimento de renda das classes mais pobres certamente trará dividendos eleitorais. Não há como não ser assim. Então, ou se faz, ou não se faz. Lula optou por fazer. E entendo que está certo. Goste-se ou não do Presidente.

 

Agora, os 8% adicionais no bolso dos decididamente mais pobres, vão influenciar o voto deles? Não tenho dúvida alguma que sim. Pergunto: em quem você acha que vai votar a maioria dos cerca de 12 mil receptores do Bolsa Família em Santa Maria? Tenho um palpite.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência Brasil.

 

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