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Observatório. Em arquivo único, confira agora a íntegra da coluna deste sábado, 26 de julho

“A PRIORIDADE ERA A CAMPANHA DE 2010. ERA”

 

                       

PODE ANOTAR: tem candidato a vereador que gostaria de estar preparando campanha para deputado, em 2008. Mas descobriu que, antes, precisa garantir a reeleição, o que já não está nadinha fácil. É a realidade se impondo ao sonho.

 

 

                       

“SOBRE CARROS DE SOM: A REGRA É CLARA”

 

 

Não há dúvida alguma acerca do uso de carros de som, pelos candidatos a vereador ou prefeito em outubro. Como diria aquele comentarista, a regra é clara: o que vale é a lei municipal, como deixa bastante clara a legislação eleitoral. Assim, está proibido o uso desse tipo de proselitismo barulhento em praticamente toda Santa Maria. Ah, e os panfletos, pela mesma razão legal, igualmente não podem ser distribuídos pelas ruas.

 

Então, por que se discute tanto? Ora, para ganhar espaço na mídia. Como está acontecendo neste preciso momento em que você lê esta nota. Nada além. Inclusive porque, afora o discurso dúbio, os candidatos estão adorando a lei. Pela singela razão de que o custo (já elevado) das campanhas não é onerado por este item.

 

EM TEMPO: há, de outro lado, um benefício adicional. A comunidade já se acostumou, e gosta, do fato de a cidade não ficar suja, tanto para os olhos quanto para os ouvidos.

 

 

 

“AUMENTA A ‘LUZ’ PARA OS ATUAIS EDIS”

 

 

Do jeito que a coisa anda, apenas a incompetência individual, aliada a uma rejeição massiva do eleitorado (o que é bastante improvável), poderá anular a grande vantagem ostentada pelos 13 edis que buscam a reeleição – em relação aos outros 90 pretendentes a uma cadeira no parlamento municipal.

 

Não bastasse os privilégios listados aqui mesmo semana passada (TV Câmara, bom salário, cotas de telefone e combustível, cabos eleitorais – CCs – pagos pelo contribuinte, etc, etc, etc), os atuais vereadores ampliaram a “luz” que já têm sobre o restante dos pretendentes.

 

Hein? Isso mesmo. Na sessão da última terça-feira foi aprovada resolução alterando o horário de funcionamento do Legislativo. Que agora funciona só de manhã. Pois é.

Um doce para quem adivinhar para quem vai a conta dassa descabida regalia.

 

 

                       

“UM INUSITADO APOIO ALÉM-FRONTEIRAS”

 

 

Paulo Pimenta e Ovídio Mayer, que capitaneiam a aliança “Santa Maria não pode parar”, estão faceiros com as adesões recebidas (e outras que dizem virão) além-fronteiras da Frente Popular Trabalhista. Festejam criação de “comitê suprapartidário” e particularmente a conquista de apoios vindos de pessoas historicamente ligadas ao PP.

 

Essa vantagem, é possível, seja empatada por Cezar Schirmer e José Farret, da coligação “Juntos por uma Santa Maria melhor”. Ao menos é a aposta dos militantes graduados de ambos que, aliás, fazem o lançamento oficial da candidatura neste sábado, num regabofe que inicia às 20h, no salão de Festas da Basílica da Medianeira.

 

 

 

“SEXTETO PESO-PESADO. DELES, UM MORREU. OUTRO LARGOU. E OS OUTROS…”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

 

Em 26 de janeiro de 2001:

 

“* Pedetistas (ops, brizolistas) de Santa Maria acordaram cedo na terça-feira. Tudo para comemorar os 80 anos do líder (ops, do chefe) maior do Partido.

* Que mal pergunte, mas Brizola será candidato, se for, a Presidente da República com que objetivo? Ganhar não deve ser. Ou é?

* Brizola, Ciro, Britto. Todos juntos. Mas a política é bonitinha mesmo, não é?

* Dizem peemedebistas bem informados que Germano Rigotto quer mesmo ser candidato a governador. Cezar Schirmer respira aliviado.”

 

Hoje:

 

Passados 7 anos e meio da publicação das notas acima, na seção “Luneta”, há mais que curiosidade na releitura. De todos os citados, um morreu: Brizola, que daria (o seu) jeito no PDT/SM. Outro largou: Britto, que é executivo de telefonia. O terceiro, Ciro, à época do PPS, hoje no PSB. O que não mudou foi o sonho: continua tenteando a Presidência. Rigotto é (embora não diga) candidato ao Piratini outra vez, após ter sido eleito em 2002. E Schirmer? Aliviado ou não perderia mais uma eleição para prefeito, virou suplente de deputado federal e agora tenta de novo a prefeitura.

 

 

 

“SCHIRMER REINCORPORA UM MILITANTE ORIUNDO DE 2004. SAIBA QUEM É ELE”

 

 

A seção “Luneta”

 

 

Pedro Aguirre foi outra vez requisitado por Cezar Schirmer, para atuar na consolidação do plano de governo. O professor já cumpriu essa função, quatro anos atrás.

 

De um gaiato: como se esgota o número de pessoas e organizações homenageados com sessões especiais, comendas, medalhas e quetais, os edis de Santa Maria poderiam inovar.

 

Do mesmo gaiato: com certeza a boca do monte tem a versões beeem melhores que a casa “Garotas da Gogo”, festejada pelo parlamento de Carazinho. É. Pois é.

 

O dito cujo tem o desplante de acrescentar um PS: “que acha da Comenda Dona Marlene?” O colunista não tem a menor idéia do que seria isso, mas o recado aos edis está dado. E nem precisa ser recompensado com medalha.

 

Tem militante brabo com avaliações acerca das dificuldades do PDT, completamente esfacelado, para alcançar o quociente eleitoral e garantir vaga na Câmara em 2009.

 

Mais brabo ainda fica com o qualificativo “irrelevante”, usado para comentar (des)importância, para o pleito de 2008, do mesmo PDT e também do PPS.

 

Como se sabe, há imbroglios interno e na própria Justiça Eleitoral, envolvendo o partido dos ex-comunistas e o fundado pelo falecido Doutor Leonel.

 

Fatos (e votos) podem até desmentir, mas a dois meses e pouco do pleito, a realidade é que ninguém dá um tostão furado por uma solução rápida para o forrobodó. O que poderia mudar ao menos o clima nas duas siglas.

 

Enquanto isso, advogados com especialização em direito eleitoral tendem a ser cada vez mais requisitados. Isso ainda em 2008, bem entendido.

 

Serviço horroroso, para dizer o mínimo, prestado pela Corsan ganhará cada vez mais destaque na campanha eleitoral.

 

Queixas da comunidade são tantas e tamanhas que é cada vez mais difícil é encontrar quem defenda politicamente a companhia. O que vale até para os donatários históricos da empresa.

 

Esquenta cada vez mais a briga interna entre os candidatos do PSDB ao Legislativo Municipal. Cresce o número dos embrabecidos com o presidente da sigla, Jorge Pozzobom.

 

A razão é bastante clara: o vereador é acusado de colocar o seu nome à disposição de um único candidato ao Parlamento, quando deveria ser um magistrado. É mesmo?

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

 

“CAMPANHA (AINDA) É CHATICE DE DAR DӔ

 

 

Debate foi, até aqui,

o único evento visível

(e audível) de campanha

 

Os candidatos à prefeitura de Santa Maria talvez estejam certos. A população não está nem aí, ainda, para a campanha. Então, o jeito é ir “comendo pelas beiradas”, fazendo reuniões selecionadas, com grupos específicos de apoiadores. Estes se tornarão, é no que se crê, em irradiadores das idéias dos cabeças, espraiando-se para o conjunto do eleitorado.

 

A visão exposta no parágrafo acima é a otimista. Isto é, procura refletir uma situação pautada pela reconhecida falta de recursos financeiros para dar visibilidade ao proselitismo em busca do voto dos 180 e poucos mil santa-marienses aptos a se manifestar nas urnas. No entanto, não é realista ou pessimista, diante do que se vê pelas ruas. Aliás, do que não se vê.

 

O fato objetivo é que a disputa para o Executivo santa-mariense em 2008 é a mais chata desde a de 1992, nessa mesma época. Só naquela, em que o favoritismo de José Farret (que venceu) se tornou tão aplastante, que a campanha, embora o esforço oposicionista, foi tão quente quanto um freezer no Alasca.

 

Para quem não se deu conta, restam só 70 dias até o pleito. E a cidade vê aqui e ali um carro adesivado, lá ou acolá uma casa pintada. Mais nada. Falta dinheiro? Parece óbvio. O que permite supor, na verdade, que a luta para suceder Valdeci Oliveira se limitará ao espaço gratuito no rádio e na TV, que começa a veicular em 19 de agosto. E, claro, conforme o andamento das pesquisas, haverá o esforço derradeiro, nas duas últimas semanas, quando o dinheiro aparece (ou a conta é pendurada) para a tentativa final.

 

Enquanto isso, a chatice é de dar dó. E só não é maior porque, enfim, a rádio Santamariense e o jornal A Razão promoveram um debate que, ao menos, e apesar de os candidatos terem jogado na retranca, deu motivo para comentários. Da população? Não, dos militantes. Mas enfim…

 

 

 

“ENQUANTO ISSO, PARA A CÂMARA DE VEREADORES, O QUE SOBRA É CANELADA”

 

 

Se a campanha para a prefeitura está lenta, e muito chata, como você leu na nota acima, não se pode dizer o mesmo no que toca à disputa pelas 14 vagas à Câmara. Aí também não há troco (toooodos dizem), mas a falta de ação agora significa a derrota certa. Então, o jeito é trabalhar, e tirar coelho da cartola – ou apelar para a poupança pessoal ou de terceiros.

 

Como consolidou-se a idéia de que 3 mil votos é a quantidade mínima para reivindicar a possibilidade de eleição, os 100 e poucos concorrentes perceberam a dificuldade e vão à luta. E o discurso de unidade em todas as alianças é apenas isso mesmo, conversa. Na hora da busca do voto, não tem faltado canelada. Inclusive em parceiros. É a verdadeira (e nem sempre idealista) luta pela sobrevivência.

 

 

 

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