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Pensando longe. Sem Lula no jogo, partidos pretendem dar as cartas, na sucessão presidencial

Acompanhe o raciocínio: Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998, Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e 2006, eram muuuuito maiores que suas agremiações, respectivamente o PSDB e o PT. Em 2010, os dois não disputam. Portanto, as estruturas partidárias é que devem preponderar na hora da disputa pra valer, na sucessão presidencial.

 

É verdade que, pelo menos Lula, inclusive porque está no poder hoje, deverá influenciar. Mas as agremiações é que serão fundamentais, seja por seu tamanho ou poder de fogo das militâncias. A tese não é minha, mas tendo a concordar com ela. Inclusive no que toca, pelo que pode representar para daqui a dois anos, o pleito municipal de 2008, dentro de dois meses e pouco. Quem escreve a respeito é Carlos Lopes, da Santafé Idéias, em análise publicada na página de internet editada pelo veterano jornalista Etevaldo Dias. Confira:

 

“Partidos devem ser mais determinantes em 2010

O tamanho e a consistência dos partidos podem fazer a diferença nas eleições presidenciais, segundo a cúpula do PSDB. Os tucanos, que prevêem aumentar em 10% as prefeituras conquistadas, esperam, em 2010, uma disputa equilibrada, em que os partidos vão ser muito importantes para a vitória.

A projeção é sustentada pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), para quem Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva excediam os limites dos partidos. Com uma disputa entre candidatos sem tanto nome, cresceria o papel das legendas e a importância nacional das eleições de outubro.

Os tucanos estão motivados para as eleições municipais, avaliando que possam ter um crescimento de 10% no número de conquistas municipais. Em 2004, saíram das urnas com 871 vitórias. Eles têm candidatos a prefeito em 35 das 78 cidades com mais de 200 mil eleitores.

Nas capitais, segmento no qual o PSDB contabilizou cinco vitórias em 2004, Sérgio Guerra avalia como alta a probabilidade de reeleição em Curitiba (PR), Teresina (PI) e Cuiabá (MT), mostrando confiança ainda em São Luís (MA), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Em relação à capital paulista, onde concorrem com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), Sérgio Guerra considera que o ideal do DEM e do PSDB é deixar claro que o alvo é o PT. Guerra acredita que os dois partidos de oposição no plano federal venham a superar as divergências e chegar unidos ao segundo turno.

Na avaliação do PSDB, o PT não vai avançar na conquista de capitais (venceu nove em 2004). Sérgio Guerra estima um avanço no moderado no interior do país. O presidente tucano está seguro de que o Bolsa Família e o PAC vão estar no centro do discurso eleitoral do PT. Por outro lado, concorda com o DEM em atribuir ao governo responsabilidades pela alta da inflação.

Apesar de todas as teses que cercam a importância das eleições municipais, Sérgio Guerra se diz pessoalmente favorável às eleições coincidentes. Acha que isso contribui para a coerência dos partidos. “Temos que ser os mesmos nos municípios, nos estados e no país”, diz, considerando que a coincidência de campanhas ajuda a isso.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Etevaldo Dias.

 

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