Caso dantesco Grã-fino vai a CPI e deita discurso contra Paulo Lacerda, Abin, federais…
O banqueiro Daniel Dantas (na foto de Wilson Dias, da Agência Brasil), grã-fino posto na cadeia pela Polícia Federal, ainda que por menos de 48 horas, pois libertado por habeas corpus concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, deitou falação nesta quarta-feira. Convocado pela CPI dos Grampos, mesmo beneficiado por nova decisão do STF, que o permitia calar-se, soltou o verbo para os parlamentares.
Aparentemente, mesmo que algumas coisas careçam de verossimilhança, e que a mídia grandona (e a que se acha), provavelmente escaldada, num primeiro momento colocou tudo no condicional, não poupou acusações. Sobrou pra muitos, inclusive o próprio diretor geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), delegado Paulo Lacerda. E também para os policiais federais e ex-integrantes do governo, como o ex-responsavel pela área de comunicações, Luiz Gushiken.
O homem virou metralhadora giratória. Provavelmente (e isso é só dedução claudemiriana) para tentar embaralhar o jogo. Conseguirá? Talvez. Afinal, estamos no Brasil e aqui, com a mídia que temos, não é improvável que se embarque no jogo dele. A conferir.
Enquanto isso, acompanhe um dos relatos da reunião da CPI (há outros, claro, e os jornais devem trazê-los em suas edições desta quinta). No caso, o de Luciana Lima, da Agência Brasil. Confira:
Dantas diz que Operação Satiagraha foi articulada pela Abin
O banqueiro Daniel Dantas disse hoje (13) que a Operação Satiagraha ocorreu devido a articulações que teriam sido feitas pelo atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda.
De acordo com Dantas, Lacerda teria direcionado as investigações contra ele, em represália à divulgação de informações de que o diretor da Abin teria contas irregulares no exterior.
As informações teriam sido passadas para uma revista de grande circulação e, segundo Dantas, Lacerda pensa que ele teria sido a fonte do dossiê. As investigações contra Dantas teriam começado em 2004, quando Lacerda ainda estava no comando da Polícia Federal.
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara, Dantas negou ter divulgado qualquer informação sobre Lacerda. “Na época, fiz vários desmentidos à imprensa e enviei carta ao doutor Lacerda. As informações vieram nesta linha e, basicamente, me lembro do termo que dizia, que ele ia me botar um par de algemas”, disse o banqueiro.
Dantas disse que chegou a ser informado no ano passado sobre a existência da investigação contra ele. “Em novembro do ano passado, fui informado de que existia uma operação encomendada na PF contra mim. Eu não dei muita credibilidade. São muitas informações que chegam todo dia. O que diziam é que isso tinha sido pedido pelo diretor da Abin, doutor Paulo Lacerda. E que isso ocorria como retaliação do doutor Lacerda ao atribuir…
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem Dantas diz que Operação Satiagraha foi articulada pela Abin, de Luciana Lima, da Agência Brasil.
Leia também a nota Protógenes teria dito a Dantas que investigaria Lulinha, publicada na página editada pelo jornalista Ricardo Noblat.
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