Deu a lógica. Taxa de juros baixa 0,25%. Pelo ritmo, menos de 10% apenas em 2008
Desta vez ninguém pode se queixar dos economistas, que normalmente nunca se entendem, quando se trata de política macroeconômica. Agora, não. 99 em 100 deles, segundo todas as avaliações publicadas nos últimos dias, acertaram: o Comitê de Política Monetária do Banco Central, reunido nesta quarta-feira em Brasília, reduziu em 0,25% a taxa básica de juros. Com isso, a chamada Selic agora é de sonoros 12,5%.
É verdade que se trata da menor taxa de juros da história recente do país. Mas, acredite, ainda é obscena, especialmente na comparação com o restante do planeta. Inibidora do desenvolvimento, é o mínimo que dizem os críticos da política administrada pelo Banco Central. Ou prudente, afirmam outros.
Provavelmente, ambos os lados estão corretos, cada qual com seus ponderados argumentos. Mas nada retira um fato: enquanto os juros não baixarem para níveis decentes, será difícil fazer decolar a economia do país, gerando emprego e renda. E o crescimento do Produto Interno Bruto somente crescerá algo parecido com 4% (e não os 5% prometidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva) em função de uma série de outros fatores, entre eles o cenário internacional favorável e até mesmo a contestada política do câmbio – que, com o dólar baixo, ajuda na redução dos custos de importação de equipamentos, o que beneficia as empresas. Mas não pela capacidade de investimento de muitas pequenas e médias organizações, muito mais dependentes dos juros.
Pelo andar da carruagem, há uma mudança profunda de nomes e procedimentos dos gestores da moeda, ou o cabalístico percentual abaixo de 10 pontos somente será alcançado em 2008. Aliás, é o que mais provavelmente acontecerá. Se não houver novidades.
SUGESTÃO DE LEITURA – leia aqui a reportagem Copom mantém ritmo e reduz Selic para 12,5% ao ano, publicada pelo ClicRBS, o portal de notícias do grupo RBS.
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