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Observatório. Confira aqui a versão original da coluna publicada neste sábado, 7 de fevereiro

 “CRISE, SE EXISTE, PASSA LONGE DO MERCADO DE AUTOMÓVEIS DE SANTA MARIA”

 

 

CRISE? Mercado de automóveis novos segue em alta na cidade. Foram nada menos que 401 comercializados pelas revendas, em janeiro. Um crescimento de 38,3% em relação a igual período de 2008, quando foram vendidos 290.

 

 

 

“PREFEITURA MUNICIPAL DESCUMPRE LEGISLAÇÃO QUE TRATA DO USO DO CALÇADÃO”

 

 

O prefeito Cezar Schirmer ainda não revogou – e é pouco provável que a comunidade aprove, fizer isso – o Decreto Executivo 220, de 21 de julho de 2004, que “estabelece normas para o uso público do Calçadão”. A coluna reproduz a seguir, com grifo de Observatório, o artigo 1º e seu parágrafo único:

 

“Art. 1º. Não será permitido o desenvolvimento de atividade comercial e de prestação de serviço, que não esteja revestida das condições legais para sua instalação e que não satisfaça as exigências estabelecidas pelo Município, através da Secretaria de Município das Finanças.

 

Parágrafo único. Nas proibições estão incluídas as afixações de cartazes de propaganda ou outras espécies de publicidades, venda de ingressos, carnês e objetos de artesanatos, com exceção de publicidade afixada no relógio…”

 

Como se percebeu nos últimos dias, houve venda ostensiva de ingressos para um show de pagode, inclusive com alguns constrangimentos para transeuntes. Fiscalização? Se existe, não notou – não obstante as cores berrantes dos propagandistas-vendedores.

 

Ok, ok, ok. Um tempo deve ser dado para que a administração se ambiente ao governo. Mas ler a legislação não seria de todo ruim, cá entre nós.

 

 

 

“DUPLAS FORMADAS NA BRIGA PELA REITORIA DA UFSM. PLEITO É NO MEIO DO ANO”

 

 

Faltando três, quem sabe quatro, meses para a chamada “consulta à comunidade universitária” e mesmo antes do início do ano letivo, está definido o quadro de candidaturas competitivas à sucessão do reitor da UFSM, Clóvis Lima.

 

Desde o segundo semestre do ano passado, a dupla que representará a chamada “situação” é conhecida. Terá o atual vice-reitor Felipe Muller (originário do Centro de Tecnologia) como cabeça de chapa, tendo como parceiro o Diretor do Centro de Ciências Rurais, Dalvan Reinert.

 

Nesta semana, em plenas férias escolares, a chapa de “oposição” ficou também fechada. Terá, como já era sabido, o professor Paulo Burmann, do curso de Odontologia, na cabeça. E como candidato a vice foi confirmado o nome de Marta Adaime, professora do curso de Química e diretora do Centro de Ciências Naturais e Exatas.

 

Em tempo: há grande curiosidade para saber a posição a ser adotada pelo grupo que tem como líder o ex-reitor Paulo Sarkis. Ele, naturalmente, ainda exerce importante influência em setores significativos da instituição. A quem apoiará, é a pergunta. Se sabe, porém, quem não contará com o apoio dele: o atual vice, Felipe Muller. O que não quer dizer, necessariamente, que Burmann receberá essa adesão. Então…

 

 

 

“CONFRONTO (NEM TÃO SILENCIOSO) NO PT”

 

 

Ninguém tem maioria, e

briga é (nem tão) surda.

Nela, Valdeci e Fabiano

 

O petismo de Santa Maria tem três pólos que disputam a hegemonia. Nenhum tem maioria, e decisões estratégicas se dão por acordos pontuais. Não importa o nome das correntes, o fato é que são representadas respectivamente por Paulo Pimenta, Valdeci Oliveira e Fabiano Pereira.

 

Pessoas que conhecem bem o partido juram que, hoje (amanhã ou depois pode ser diferente, como já foi ontem), Fabiano é individualmente o maior, cabendo a Pimenta a segunda fatia e a Valdeci a terceira. Mas nada é definitivo..

 

E mais: o que em outros partidos é relativamente fácil antecipar, no PT é impossível. Exemplo: Valdeci Oliveira, se fosse de outra sigla, poderia se considerar candidato a prefeito em 2012. Não no petismo, em que importa bastante mas não chega a ser decisiva a popularidade externa. O que funciona é a correlação interna. E esta, neste momento, diz-se, penderiam para Fabiano. Quem decide? Pimenta, numa disputa entre o deputado estadual e o ex-prefeito. Como já foi Valdeci, antes de 2008, em favor do deputado federal.

 

A disputa é (nem tão) surda, nas entranhas. A “complicar” mais, o pleito de 2010. Ele poderá modificar a conjuntura, ou consolidá-la. Depende do desempenho de uns e outros, no episódio.

 

Valdeci é candidato a deputado estadual. E Fabiano? De público nada disse, mas se afirma seria concorrente a federal. Problema para Pimenta. Ou concorre à reeleição, em confronto direto com o ex-prefeito. E um quarto nome surge: Vilmar Galvão, buscando vaga à Assembléia. E que pode fazer dobradinha com o atual deputado federal. Ou com Fabiano, se for o caso. Nada está decidido.

 

Assim é no petismo. E não vai mudar. Até que comece a próxima campanha à Prefeitura. Com que candidato? Observatório só tem uma idéia. Mas informação, não.

 

 

 

“PMDB VIRA PODER EM SANTA MARIA. E AS DIVERGÊNCIAS SÃO ENGAVETADAS”

 

 

Nas últimas três convenções do PMDB houve disputa. E das grandonas. A penúltima, em 2005, teve a imposição absoluta de uma corrente (apoiada por Cezar Schirmer e operada por seu afilhado político Tubias Calil) sobre outra, inclusive com chapa única, descartando nomes importantes da sigla, na composição do Diretório. 

 

A última, em 2007, colocada logo antes de uma campanha eleitoral, obrigou os vencedores de dois anos antes a uma composição impensada na outra época. Mesmo assim, a chapa apresentada só foi formada à última hora, com cargos importantes cedidos aos que questionavam o poder dominante.

 

Valeu a pena, para os peemedebistas, aquela união de ocasião. Afinal, marcou o início de um processo que levou o partido a comandar a Prefeitura. E as divergências que, creia, ainda existem, vão para a gaveta. Momentaneamente. É assim na política. No PT derrotado, como você leu na nota logo acima, é beeem diferente.

 

 

 

“CCS E FGS, DISCUSSÃO AINDA IRRELEVANTE”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

Em 2 de dezembro 2000:

 

“* De acordo com a lei, a lotação total máxima de CCs/FGs da Prefeitura de Santa Maria chega a 368 cargos. Deles, em outubro deste ano, segundo a coluna apurou, 252 estavam ocupados.

* A Frente Popular promete reduzir os CCs/FGs em 40%. Feito o cálculo, para cumprir a promessa, não poderão ser ocupados mais que 220.

* Só a título de curiosidade, em dezembro de 1995, há exatamente cinco anos, na gestão de José Haidar Farret, os CCs/FGs eram 194.”

 

Hoje:

 

Ao menos uma coisa não se diz, na Prefeitura: que vai se diminuir os CCs/FGs. O que se fala, aliás corretamente, é que se reduzirá o número de não servidores. Declaração recente dá conta da intenção de preencher um máximo de 200 de não funcionários. Aliás, no primeiro mês de Cezar Schirmer a discussão se tornou irrelevante: não foram nomeados sequer 50, fossem CCs ou FGs. – infinitamente menos que o máximo legal, como apontava a seção “Luneta”, há exatos 8 anos e 2 meses, menos 5 dias.

 

 

 

“REUNIÃO QUASE SECRETA ENTRE O DEPUTADO PIMENTA E O PREFEITO SCHIRMER”

 

 

A seção Luneta

 

 

No dia 31 de janeiro, um encontro quase nada divulgado pela mídia reuniu, no Centro Administrativo, Cezar Schirmer e seu adversário de outubro: Paulo Pimenta.

 

O papo, a pedido do deputado, teve como tema as verbas obtidas  por Pimenta, via emenda parlamentar. Algo entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões, troco já empenhado à espera das obras.

 

Entre os destinos (que não podem ser modificados, aliás) há a reforma da Unidade de Saúde da Kennedy (R$ 300 mil) e o pórtico turístico próximo à Base Aérea (R$ 926 mil).

 

Houve boa vontade – e nem poderia ser diferente, afinal ninguém espera que, por falta de contrapartida ou outro fator qualquer, a cidade perca essa dinheirama.

 

Ah, participaram da conversa de uma hora os secretários Antonio Carlos Lemos (Finanças), Rodrigo Menna Barreto (Desenvolvimento Rural), Júlio Rasquin (Escritório da Cidade) e Giovani Manica (Gabinete).

 

Schirmer e Pimenta também papearam sobre futuras emendas parlamentares beneficiando Santa Maria. Os projetos serão discutidos em conjunto pelo prefeito e pelo deputado.

 

Ambos nomearam interlocutores, que definirão a parada até o final de fevereiro. Por Pimenta, sua assessora Lonita Gonçalves. Por Schirmer, Júlio Rasquin.

 

Werner Rempel, do PT, e Cláudio Rosa, do PMDB, protagonizaram um pequeno arranca-rabo verbal na reunião de terça-feira, da Comissão Representativa da Câmara.

 

Creia: isso é bom. Afinal, debate é o que se quer no Parlamento. E não medalhas, comendas, homenagens e quetais. Que, com o respeito necessário, essa discussão ocorra amiúde.

 

Com quem fará dobradinha, em Santa Maria, o candidato a deputado estadual do PP, José Farret. E Tubias Calil apoiará quem, para deputado federal pelo PMDB? E Jorge Pozzobom, quem apoiará para deputado estadual, pelo PSDB?

 

Lembre-se: nada de brabeza com as perguntas. Afinal, infidelidade partidária pode significar expulsão da sigla. E “aliança informal” é fantasia que a política condena. E o eleitor não entende, o que é pior.

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

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