Reforma. Projetão de Schirmer começa a ser debatido amanhã na Câmara. Mas só se fala em nomes

Com todo o respeito que merecem os vereadores, é bastante improvável que qualquer alteração se proceda no projetão da reforma administrativa que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara começa a discutir oficialmente amanhã. Qualquer discurso no sentido de que haverá debate só será isso mesmo, discurso. Exceto se partir da oposição, e mesmo assim apenas para marcar posição.

Por quê? Simples. O governo Cezar Schirmer já ouviu os edis da base governista, 10 dias antes do anúncio público da proposta – feito na última quinta-feira (foto) Supõe-se que, na ocasião, recebeu (ou não) as sugestões dos parlamentares que lhe dão sustentação no Legislativo. Se as atendeu, ótimo. Se não, é porque não lhe convinha. E é assim que deverá ser aprovado no parlamento.

Portanto, se houver restrições, partirão somente dos quatro vereadores do PT – de vez que até o outro oposicionista, o pastor Jorge Ricardo, do PRB, está se aproximando da base governista e também tende a ser favorável, sem contestação. Mesmo com o eventual resmungo oposicionista, os prazos serão cumpridos com a brevidade possível e, já em meados de abril, haverá um novo organograma administrativo na Prefeitura da boca do monte.

Desta forma, sobra apenas uma coisa, a ser debatida – e não será no plenário ou nos corredores da Câmara: quem vai ocupar os cargos grandões e os nem tanto que ficarão disponíveis com a reforma. Na primeira categoria são apenas três, a saber: secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Projetos Estratégicos (destinado a Cezar Busatto, mas quem sabe…), e presidentes das Fundações de Assistência Social e do Meio Ambiente. Quer dizer, briga complicada para os interessados.

E, na segunda categoria a disputa se dará pelas superintendências e secretarias adjuntas. Como, em princípio, devem ser mantidos como adjuntos os atuais diretores gerais, sobrarão cerca de 15 vagas para ser distribuídas, respeitadas as condições técnicas (como tem dito e redito o prefeito Schirmer), entre os aliados. E é essa, mais que a tramitação na Câmara de Vereadores, a grande lida política dos próximos dias. A conferir.