Um milhão de moradias. Olha só o falso dilema: se faz, idéia eleitoreira; se não faz, omissão

Tenho lido as mais variadas observações acerca do plano que pretende levar à construção de um milhão de moradias, por força gigante de um supersubsídio oferecido pelo Governo Federal. De um lado, com suas razões, há os que dizem com alto tom que se trata medida eleitoreira, para beneficiar a candidata oficial à Presidência da República, Dilma Rousseff. De outro, ardorosos defensores da medida, que afinal de contas gerará emprego para milhares de pessoas, além de beneficiar um milhão de brasileiros sem casa própria.

 

A verdade é que são válidas as duas afirmativas. Sim, haverá ganho eleitoral para Dilma. E sim, a população será beneficiada. Ora, então não se deve fazer? Deve, sim. E a oposição que trate de se utilizar dos devidos (e inteligentes) argumentos para reduzir o eventual dano eleitoral. O que não pode é a sociedade não ser atendida, por causa disso.

 

Aliás, uma boa idéia (se funciona, não sei, mas foi a que me ocorreu) para os oposicionistas é dizer que, ainda assim, ainda haverá um enorme déficit habitacional a ser reduzido. E até pode se utilizar das palavras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que falou nesta segunda-feira que haverá a solução para 14%. Logo, ainda há longo caminho a ser percorrido. Para saber o que em que circunstâncias o Presidente se manifestou, acompanhe reportagem de Elton Sardinha, publicada no sítio especializado Congresso em Foco. A seguir:

 

“Novo programa resolve 14% do déficit habitacional, diz Lula

 

Em seu programa semanal de rádio, o presidente Lula disse hoje (30) que o novo programa de moradias do governo federal vai resolver 14% do déficit habitacional do país. Qualificando o “Minha Casa, Minha Vida” como o programa mais “bem organizado já feito no Brasil”, Lula afirmou que a iniciativa pretende atacar de uma só vez dois problemas: o problema da moradia e a crise econômica.

Mas o sucesso do programa, segundo o presidente, depende da parceria do governo federal com os governos estaduais e municipais. “Nossa idéia é que os governadores e os prefeitos possam fazer isenção dos impostos que cabem a prefeitos e governadores. Ao mesmo tempo, é extremamente importante que prefeitos e governadores possam dar terrenos do estado, terreno do município. Nós vamos dar terrenos da União, para que possamos baratear o preço da casa, ou seja, quanto mais barato, mais casa nós vamos construir e vai facilitar a vida das pessoas”, disse Lula no Café com o Presidente.

Na quarta-feira da semana passada (25), Lula lançou o projeto “Minha Casa, Minha Vida”, que tem como objetivo construir um milhão de casas. A expectativa do governo é reduzir em 14% o déficit de 7,2 milhões de moradias no Brasil. O programa tem custo estimado de R$ 34 bilhões. A União entra com subsídio de R$ 14 bilhões, mais…’

 

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SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, também, outras reportagens produzidas e publicadas no sítio especializado Congresso em Foco.