SAÚDE. Audiência pública não esclarece as dúvidas sobre o Regional. Deputado promete “não dar trégua”

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), Especial para o Site

A noite chuvosa de segunda-feira (10) não impediu que o plenário da Câmara de Vereadores de Santa Maria ficasse lotado para acompanhar a audiência pública sobre o Hospital Regional. Porém, a ausência de representantes dos hospitais Sírio-Libanês, de São Paulo, e Moinhos de Vento e Mãe de Deus, ambos de Porto Alegre, impediu que as dúvidas quanto à abertura e a gestão do empreendimento fossem esclarecidas. A Secretaria Estadual de Saúde também não enviou representante.

Coube ao titular da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Roberto Schorn, tentar responder algumas questões que surgiram durante a audiência presidida pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT). Segundo ele, os técnicos do Sírio-Libanês estiveram três vezes na cidade com consultores, engenheiro e arquiteto.

“Estão fazendo um plano operativo para o Hospital Regional. Eles teriam até a metade do mês para apresentar ao Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde”, relatou.

Schorn também esclareceu que o Regional não terá urgência e emergência. Será um hospital fechado, referenciado por outras instituições que irão encaminhar os pacientes.

A superintendente do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Elaine Resener, chamou atenção para a necessidade de haver mais um pronto-socorro na região.

“Nosso pronto-socorro (do HUSM) já fechou quatro vezes só este ano. Os prefeitos da região tem que ter noção do que isso significa, pois qualquer dia tudo cai no colo dos gestores. De 23 leitos e 19 macas, outro dia tínhamos havia 75 pacientes”, fundamenta Elaine.

Ao final da audiência, Valdeci criticou a falta de informações referentes ao Hospital pelo governo do Estado. Ele também prometeu mobilização para resolver o impasse que emperra a abertura.

“Nós não daremos mais trégua a partir de agora. Alguém vai ter que dizer qual é a solução”, pontua o deputado.

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