Coluna Observatório.“O plano de turismo do governo Schirmer. E outro plano, também turístico”

O colunista tem um plano: quer passar pelo menos duas semanas percorrendo, de automóvel, com a cônjuge, e só ela, as estradas (muitíssimo bem cuidadas) do interior da França, Portugal e Espanha, quem sabe a Inglaterra, não necessariamente nesta ordem. Um pedaço da Alemanha ele já conhece e, agora, bem acompanhado, quer experimentar a alegria de férias bem tiradas. É o plano.

 

Como fazer para torná-lo realidade em, digamos, quatro anos? Alguns passos precisam ser dados – afinal, com meia dúzia de atividades, e mais que o dobro disso de credores, o primeiro deles será dar um jeito de, em algum momento do período estipulado pela meta, conciliar todas as suas tarefas de forma a que as duas semanas sejam viabilizadas. Mas não é só isso, claro.

 

Afinal, quanto custa todo esse plano, entre passagens intercontinentais, aluguel de veículo, alimentação, hospedagem e até o troco para as lembranças aos que não foram? E mais: que roteiro será seguido, pois não há dinheiro sobrando para essa pequena e maravilhosa aventura? A entrada será por Paris ou Marselha ou Madrid ou Lisboa ou…? E, também, que passos concretos são necessários para que, efetivamente, se perceba que o plano está sendo posto em prática?

 

É certo que o jornalista turista terá que se assessorar. Encontrará, claro, experientes viajores e não menos experimentados agentes de turismo. Todos ávidos em ajudar, sem qualquer compromisso econômico, político ou afetivo ou de qualquer outra natureza. Só por ajudar, amigos que são.

 

É. Talvez o colunista consiga tornar viável o seu plano. Talvez.

 

EM TEMPO: o que você leu acima é uma declaração de intenções do colunista. E verdadeira. Exatamente como pareceu ser (inclusive com o auxílio de especialistas cujo currículo toma conta de 28 das 64 páginas do documento entregue à imprensa) o Plano Municipal de Turismo 2009-2012 de Santa Maria.

 

Tomara que ambos cheguem a bom termo. Tanto o titular de Observatório quer ter suas duas semanas pelo interior europeu quanto o governo municipal espera dar uma cara (que acredita não existir hoje) ao turismo santa-mariense. Que os dois consigam. Principalmente o segundo. Afinal, se o primeiro não for à Europa em quatro anos, sempre haverá como refazer o plano. Já o governo, se prometer e não cumprir, e isso não vale só para o turismo, dificilmente terá outra chance. Até porque o malfeito é punido, como demonstra episódio eleitoral recente.