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Não custa lembrar. Eleição em dois turnos depende da juventude – que não está nem aí

Confira a seguir trecho de nota que publiquei na manhã de 15 de abril de 2008, uma terça-feira:

“É um fato. Santa Maria, cidade com muitos jovens, não tem 1% de eleitores menores de 18 anos

Santa Maria, conforme os últimos números disponíveis, tem 185.297 eleitores. Desse total, apenas 1.537 são menores de 18 anos e maiores de 16. Isso significa menos de 1% do eleitorado da boca do monte, uma comunidade, diz-se, jovem. Não é uma contradição?

 

A propósito, vale a pena ler a reportagem de Eduardo Militão, acerca da participação da juventude na política, publicada pelo site especializado Congresso em Foco. Entre outras informações, ele verifica, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral, que há uma queda de 31,1% na proporção de jovens eleitores e de 9,5% na do número de candidatos dessa porção da sociedade. Lá no final, mais um comentário meu. Confira:

 

“Política só para maiores

Índice de eleitores entre 16 e 17 anos caiu 31% desde 1992. Só 4,7% dos filiados a partidos têm menos de 24 anos

Mesmo com o movimento estudantil pela saída do reitor da Universidade de Brasília, a verdade é que o interesse dos jovens brasileiros pela política já não é mais o mesmo. O número de eleitores e candidatos com menos de 20 anos vem caindo desde 1992, quando Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a contabilizar os dados. O TSE e os TREs lançam campanhas publicitárias  e promovem projetos sociais para incentivar os mais novos..”

 

Para reler a íntegra da nota, acesse aqui.

 

 

PASSADO EXATAMENTE UM ANO da publicação da nota e meio da eleição municipal, ninguém fala mais em dois turnos para a eleição santa-mariense, o que depende da existência de 200 mil eleitores. O tema será assunto apenas, outra vez, lá por 2011, quando será tarde para que qualquer campanha minimamente bem feita obtenha sucesso. E Santa Maria, em 2012, tende a ter, ainda, um único turno – o crescimento vegetativo do eleitorado é que indica isso. Inclusive porque, lamentavelmente, os jovens não estão nem aí para a política. E, cá entre nós, os políticos, no geral, dão um belo motivo para essa “alienação”.

 

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