Pós-100 dias. À espera de Busatto, Schirmer terá que definir as novas posições na Prefeitura

Há quem diga que já nesta terça-feira, após parecer (que será favorável), do pastor Jorge Ricardo, edil do PRB, a Câmara de Vereadores possa colocar em discussão o projetão da reforma administrativa, enviado pelo prefeito Cezar Schirmer. Isso só acontecerá, porém, se houver acordo. E se, claro, a Comissão de Constituição de Justiça der o seu parecer, o que pode ocorrer antes da sessão ordinária.

Seja nesta semana, ou mesmo no início da próxima, o fato é que o novo desenho do governo será aprovado com facilidade, talvez até por unanimidade, no Legislativo. E aí começam a correr os 30 dias de transição, finda a qual terão que ser nomeados os presidentes das Fundações de Assistência Social e de Meio Ambiente, já criadas. E completados os cargos de chefia, vários deles muito importantes para a administração municipal, instituídos pelo projetão.

O que isso significa, objetivamente? Que o início efetivo do governo, com todas as peças no devido lugar, se dará meeeeesmo é lá pela segunda quinzena de maio. Isso, claro, do ponto de vista formal. Afinal, com a palavra do chefe, quinta-feira passada, os integrantes do governo já sabem que não podem mais choramingar por problemas passados e devem passar a tratar de administrar a cidade.

É onde entra – o próprio Schirmer, por suas manifestações e atitudes se encarregou de dar esse status à questão – a secretaria de Desenvolvimento Econômico. Trata-se da pasta ponta de lança. Dela devem emanar os principais projetos que levarão Santa Maria ao futuro. E para a qual deverá ser nomeado o auditor fiscal aposentado, e com larga experiência em governos (de Antonio Britto e Yeda Crusius, com uma passagem importante pela prereitura de Porto Alegre, assessorando José Fogaça), Cezar Busatto (na foto de Mauro Mattos, de junho do ano passado).

Certo está o prefeito, como registram os jornais do final de semana, em não querê-lo como consultor. A idéia é que seja secretário. E para tanto deveria se transferir para Santa Maria. Só não entendo muito bem por quê. Afinal, se a secretária de Turismo, pelo menos nesses primeiros três meses e pouco, quase não esteve na cidade – envolvida em outros compromissos – por que Busatto, que é muito mais estratégico para o governo, não poderia ter também tratamento diferenciado? A não ser que seja exatamente por isso: por ser, diferente da secretária, muuuuito importante para o governo. Ai, sim, faz sentido.