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Dilema. PMDB quer, mas PP pretende negociar, e bem, troca de vagas na Câmara por secretarias

Lembra do forrobodó que foi a definição da aliança proporcional entre PP e PMDB? Tudo se resolveu nos últimos dois dias, antes das convenções conjuntas, no finalzinho de junho. E os peemedebistas, em nome da unidade, cederam – apesar dos protestos dos candidatos à vereança, que se imaginavam prejudicados.

 

Passada a eleição, não falta quem não reconheça: os dois lados tinham razão. O PP por acreditar que, sozinho (ou com outra sigla menor), elegeria no máximo dois vereadores, excepcionalmente três. Isso, de fato, observados os números, aconteceria. E o PMDB por perceber que, em se aliando aos progressistas, não teriam qualquer lucro. Ao contrário, veriam sua bancada de cinco edis reduzida para três, abrindo espaço para os aliados.

 

Menos mal, pensam os peemedebistas, que Cezar Schirmer ganhou a eleição para prefeito. Isso pode ser a salvação. Pelo menos é o que imaginam os liderados do prefeito. E aqui se escreve genericamente, mas os sussurros se transformam em gemidos e até uma elevação de voz em não poucos graduados, notadamente os que têm assento na Vale Machado. É o natural nervosismo. Afinal, por que não, imaginam, chamar dois ou três progressistas para o secretariado, abrindo mão para os suplentes, todos do PMDB?

 

Bem, esse é o ponto de vista peemedebista. Pelo menos um progressista com quem falei nesta terça-feira (se bem que não é, exatamente da cúpula, mas sempre é ouvido), não quer nem ouvir falar da hipótese. A menos que seja tudo muuuito bem negociado. E ainda assim, a fatura não será barata. Simplesmente porque o PP tem, junto com o PT, a maior bancada individual do Legislativo, com quatro cadeiras. Isso não acontecia há bastaaante tempo.

 

Portanto, se quiser meeesmo (há controvérsias a respeito) transformar em edis os suplentes Cláudio Rosa, Isaias Romero e, remotamente, Marta Zanella, muita saliva terá que ser gasta pelo PMDB e pelo prefeito eleito. Ou cargos importantes cedidos. Ou as duas coisas. A conferir.

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