Arquivo

Observatório. Confira a versão original da coluna publicada neste sábado, 30 de maio

“APOSTE: A BOCA DO MONTE AINDA VAI AGREGAR CANDIDATOS À ASSEMBLÉIA”

 

 

PODE APOSTAR: vai aumentar o número de candidato à Assembléia Legislativa, por Santa Maria. Todos de siglas menores. Porém, embora importantes do ponto de vista da democracia, nenhum deles terá chance efetiva de obter vaga.

 

 

 

“ENTÃO, OS EDIS QUEREM DOBRAR ESPAÇO FÍSICO DO PARLAMENTO SANTA-MARIENSE”

 

 

Então, a Câmara quer dobrar de tamanho. Para tanto, sonha com o prédio onde funcionam, entre outros serviços públicos, o albergue e um restaurante popular. Tudo em nome do futuro, quando Santa Maria voltar a ter 21 vereadores.

 

É legítimo que os edis queiram ter as melhores condições possíveis para o seu trabalho. Mas, cá entre nós, gostem ou não, a verdade é que ninguém mais (na Vale Machado) quer perder o espaço (físico) obtido com a redução para 14 parlamentares. É o que parece.

 

E olha que não se está falando no custo econômico da ampliação, e muito menos dos serviços que perderiam lugar e teriam que ser realocados. Talvez seja o caso, olha só a porção compreensiva de Observatório, de pensar um pouquinho. Ou não?

 

 

 

“FOGO AMIGO CONTRA O GOVERNO SCHIRMER CHEGA AO INTERIOR DO MUNICÍPIO”

 

 

É bastante provável que o prefeito Cezar Schirmer, do PMDB, não goste de saber o que o vereador Marion Mortari, do PP, e afilhado político de José Farret, tem dito pelo interior do município. O parlamentar já deu conta de suas andanças e palavras a muitas pessoas (e duas delas contaram ao colunista) que tem visitado nos distritos (é um homem do campo, afinal) e da zona sul. É um discurso que lembra bem a história do fogo amigo.

 

Cobras e lagartos acerca do entorno do Chefe do Executivo são o relato habitual. “Ele (Schirmer) só escuta gente incompetente e não dá a mínima para os aliados”. É uma frase. Outra: “o (José) Farret entrou numa fria e nos distritos a coisa está pior que antes”.

Atenção: preparam-se para os desmentidos. Mas, antes de acreditar neles, passem pelo interior onde, a propósito, a mobilização para a consulta sobre a questão dos subprefeitos é pouco menos que nenhuma. Mas isso já é outra história.

 

 

 

“ISSO É HISTÓRIA! QUANDO SURGIU E O QUE É HOJE A TRAVESSA MAXIMIANO”

 

 

Isso é história! (*)

 

 

A Travessa Maximiano

 

“Março, 8 ou 9/1855 – Morre Maximiano José de Oliveira, natural de Santo Amaro, “que tantos benefícios fez ao antigo Povo de Santa Maria” e “cujop nome dos vindouros saberão gravar no bronze da história da cidade” (Catão Coelho). Em sua homenagem, foi dado o nome de Travessa Maximiano à atual rua Floriano Peixoto, e tal foi sua denominação até os primeiros anos da República…

 

1855 (data indefinida) – Existem na povoação dois colégios particulares: o da professora Maria Gonçalves, na rua do Acampamento, e o do provessor Manoel da Costa, na do Comércio (hoje dr. Bozano), fundado nesse ano.”

 

(Do volume 1 – 1877-1930 do livro “Cronologia Histórica de Santa Maria…”, de Romeu Beltrão, editado em 1958)

 

(*) Esta é uma nova seção permanente da coluna Observatório, inspirada a partir de uma sugestão do leitor histórico desta página, Armando Ribas.

 

 

 

“SCHIRMER AINDA INSISTE EM TER UM VEREADOR DO PP NO PRIMEIRO ESCALÃO”

 

 

A seção “Luneta”

 

 

O PPS tem bons motivos para estar de gala. Afinal, o partido dos ex-comunistas celebram o fato de ter, enfim, uma estrela de primeira grandeza em Santa Maria.

 

É verdade que só por três meses, mas é do partido que um dia Luiz Carlos Prestes presidiu, o supersecretário da administração municipal, Cezar Busatto.

 

Afora os parabéns, não há dúvida que o regabofe que festeja neste sábado, no CPF Piá do Sul, o “niver” do secretário Jorge Pozzobom também é fato político. E dos grandões.

 

Sincero clima de solidariedade se estabeleceu entre Werner Rempel e o PT. Tanto que há petistas ajudando a coletar assinaturas para viabilizar o Partido da Pátria Livre (PPL), nova sigla do edil.

 

Maurício Piccin, secretário estadual da Juventude do PT e que militou em Santa Maria quando universitário, é outro que buscará votos na cidade em 2010. Integrante da corrente “Articulação de Esquerda”, é candidato à Assembléia.

 

PP adiou convenção estadual prevista para junho. Consta que seus dirigentes avaliaram não ser interessante a (considerada) inevitável disputa interna neste momento. Assim, Jerônimo Goergen segue presidente.

 

O interessante é que os Progressistas mantiveram as convenções municipais, agendadas para agosto. Perguntinha impertinente: em Santa Maria haverá disputa pelo poder interno?

 

A resposta, segundo um graduado militante do PP com o qual o colunista papeou: é bastante improvável. Mas impossível não é. Então, tá.

 

Cezar Schirmer ainda não desistiu de convencer um vereador da bancada progressista para compor o primeiro escalão, mais exatamente na presidência da Fundação de Assistência Social.

 

O prefeito, porém, esbarra numa interessante dificuldade: o preferido não aceita. E quem gostaria de ser, rejeita o cargo oferecido, preferindo outro, no momento (muito bem) ocupado. Pooois é!

 

Sai segunda-feira o resultado do concurso de slogan e logomarca da administração municipal. E que será usado pelos próximos três anos e meio.

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h30, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

 

“SOLUCIONAR PROBLEMA VIÁRIO DE SANTA MARIA SEM FERIR INTERESSES? ESQUEÇA!

 

 

Proibir carros na rua

do Acampamento seria

solução? E a gritaria?

 

Acabar com a rótula da Rio Branco com a Vale Machado não é solução, mas paliativo. Necessário, é mínimo consenso. Da mesma forma que a (cara) sincronização das sinaleiras em algumas das principais vias – como a Presidente Vargas e a Medianeira, por exemplo. É medida importante, como a do zagueiro que, diante do perigo, chuta a bola para onde o nariz aponta. Alternativa adequada – mas não jeito permanente de praticar o jogo.

 

Agora, com a licença do prefeito, que prefere prescindir do retrovisor, lembremos uma idéia surgida há dois anos, salvo engano do então secretário Juliano Piccoloto: bloquear a rua do Acampamento para automóveis, destinando-as exclusivamente a ônibus e carros de serviço, como ambulâncias e viaturas policiais ou dos bombeiros. Eis uma proposta diferente. Mas que provocou uma gritaria danada, lembra? Trata-se de solução? Talvez não, menos pelos argumentos absurdos utilizados então, e mais pelo conjunto da obra a ser feita. Mas, isso é certo, trata-se de atitude que mexeria, de fato, com o centro e, com outras alternativas técnicas, talvez desse resultado. Talvez. À época, a prefeitura recuou. E não se falou mais do assunto.

 

O que o colunista quer dizer com os exemplos apontados? Simples: qualquer medida  não paliativa que se pretenda tomar para resolver a situação esbarrará em interesses. Legítimos, talvez. Oportunistas, muitas vezes. Mas sempre restritos a um grupo “prejudicado”. No entanto, se a atual administração pretende, meeeeesmo, dar um fim à esculhambação do trânsito, ou chegar próximo a isso, inevitavelmente terá que contrariar. Inclusive amigos e correligionários.

 

Terá coragem e determinação suficientes para enfrentar? Tomara. Afinal, é a sociedade, e não grupos, que precisa ser atendida. Ou não?

 

 

 

“PROJETO QUE TRAMITA NA CÂMARA FAZ FUTURO VIRAR PASSADO. O PIOR PASSADO”

 

 

Já começou a tramitar, na Câmara de Vereadores, o projeto de lei 7187/2009. Seu autor é Cláudio Rosa, peemedebista que lidera o governo no Legislativo. No cabeçalho, do que se trata: “dispõe sobre a propaganda sonora (grifo da coluna) no interior de estabelecimentos comerciais”. A anteceder tudo, a justificativa, da qual Observatório ressalta um trecho: “…respeitar o direito à propaganda dos estabelecimentos comerciais e resguardar o direito ao silêncio necessário em alguns locais que trabalham com saúde e educação, além do Judiciário e Promotoria…” E mais: o edil se preocupa também com a sesta do meio dia, período em que o projeto proíbe a propaganda. Tudo isso está na justificativa.

 

O projeto propriamente dito informa que a propaganda sonora só pode ser feita a no mínimo 200 metros de “hospitais, escolas, creches, FÓRUM (o grifo, aqui, é o que consta no texto do vereador) e asilos”. E também informa o horário em que a atividade é permitida: das 8 às 12 e das 14 às 18 h (no verão, até 20 h), de segunda a sexta e no sábado, das 8 às 12.

 

De prático, o que há é a virtual revogação do decreto 006, de janeiro de 2006, editado pelo ex-prefeito Valdeci Oliveira. Objetivamente, parece que é a mesma coisa. Mas só na aparência, pois, entre o que fica revogado (lei é maior que decreto, lembre-se) está o amplo perímetro de exceção fixado pelo decreto do ex-Chefe do Executivo. E que impede, até hoje, que a barulheira tome conta da cidade.

 

Opinião claudemiriana: se aprovado pelo Legislativo (e a tendência é que, afinal de contas, o líder do governo tenha poder de voto para tanto), pelo menos a maior parte do centro voltará a ser a esculhambação de que a comunidade se livrou há três anos.

 

Aliás, o calçadão só ficará isento (e isso talvez não esteja nas contas do edil, ao apresentar o projeto) porque, por enquanto, ali funciona um cursinho pré-vestibular. Uma escola, portanto.

 

De todo modo, se vingar a idéia do edil, a cidade não estará “nascendo para o futuro”, como apregoa a administração da qual Cláudio Rosa é líder no Legislativo. Antes, voltará ao passado. E naão ao passado recente, diga-se.

 

Em tempo: sempre é possível acreditar que o prefeito vete o projeto, após a aprovação, pelo Legislativo.

 

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo