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ARTIGO. Giuseppe Riesgo e uma crítica severa ao comportamento da Esquerda no parlamento gaúcho

A esquerda não quer (e nunca quis) dialogar

Por GIUSEPPE RIESGO (*)

Terça-feira passada, sob fortes gritos nas galerias e enorme esquema de segurança, conseguimos aprovar, em primeiro turno, a queda da necessidade de plebiscito para que privatizemos as estatais do setor de energia do Rio Grande do Sul (CEEE, CRM e SulGás).

Essa é uma modernização necessária na nossa Constituição Estadual e os argumentos técnicos já expus amplamente aqui, bem como, num dossiê completo das estatais elaborado por mim e minha assessoria.

Lá está tudo. As enormes dificuldades financeiras e de reinvestimento das nossas estatais. Os entraves e engessamentos inerentes às empresas públicas e o quão modernizar o setor de energia é importante para o desenvolvimento produtivo do nosso estado, bem como da geração de emprego e renda.

No entanto, aparentemente, a esquerda não entendeu e preferiu continuar negando a realidade. A julgar pelos discursos na Tribuna de PT, Psol e PDT a escolha foi seguir na demagogia e na desonestidade intelectual.

Após quase três meses de debates na Assembleia Legislativa percebo uma nítida subversão dos dados e dos argumentos por parte da esquerda. O tão propagado diálogo não é de fato realizado. A esquerda não dialoga com ideias ou com as diferenças, mas com sofismas e distorções nos dados e argumentos.

A esquerda não procura esclarecer, mas sim confundir, tumultuar, obstruir votações e impedir o debate.

Diz cultuar a democracia e respeitar as diferenças, mas, na prática, em todo e qualquer debate, não respeita o direito à fala contrária -, ao devido contraditório.

A tal “defesa da democracia” da esquerda é tipicamente totalitária. Ou seja, só respeita a fala de quem diz o que ela pensa. Já o contrário? Ela xinga, vaia, grita e desrespeita. Como eles dizem: isso é “luta”.

Mas que luta é essa afinal? Que luta é essa que defende que o povo gaúcho fique pagando por empresas deficitárias só pra dizer que são nossas.

Que luta é essa que prefere manter privilégios corporativos em detrimento da saúde, educação e segurança da nossa gente.

Que luta é essa que ao invés de modernizar o estado do Rio Grande do Sul, prefere deixá-lo combalido e sem nenhuma solução para a crise fiscal que passamos.

A luta da esquerda é só de saliva. Não funciona e não resolve os problemas do gaúchos. Serve apenas como um regozijo, porque de prático não há nada. As soluções da esquerda não resolvem nada, mas sim trazem mais problemas.

Prezado leitor, essa democracia que xinga o contrário, que não respeita as diferenças e, tampouco, quer dialogar, não me serve. Isso é totalitarismo e disso nós já estamos cansados.

Desde que estou Deputado Estadual em toda e qualquer votação polêmica fui xingado e desrespeitado. O diálogo pouco ocorreu. Já a distorção, a mentira e a demagogia abundam nas galerias e na Tribuna.

De minha parte: vou continuar tentando esclarecer. Dizendo verdades (ainda que doloridas). Focando nas soluções para o nosso estado (ainda que amargas).

Já a esquerda? Eu acredito que continuará confundido, distorcendo e desrespeitando. Continuará, também, chamando isso de democracia e fingindo que deseja dialogar.

Nada mais mentiroso. Que sigamos em frente na busca da verdade e das soluções para o Rio Grande.

(*) GIUSEPPE RIESGO é Deputado Estadual, que cumpre seu primeiro mandato pelo Partido NOVO. Ele escreve no site todas as quintas-feiras

NOTA DO EDITOR: a foto que ilustra este artigo, do plenário e das galerias da Assembleia na sessão de terça-feira, dia 23, é de Guerreiro, da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa.

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3 Comentários

  1. Iniciativa privada tem seus problemas. Subsídios, incentivos fiscais, sonegação, financiamento barato de bancos de fomento. Só que não são todas as empresas e muito menos a maioria das mesmas.
    Empresário tem que arrumar dinheiro para começar um negócio. Tem que enfrentar a burocracia estatal. Tem que contratar funcionários e conquistar clientela. Os ‘colaboradores’ sabem que se o empreendimento não der certo perdem o ganha-pão. Sabem também que para subir na hierarquia devem fazer algo a mais e capacitarem-se, muitas vezes tirando do próprio bolso. Além disto têm que enfrentar a concorrência, os colegas também querem galgar novos postos.
    Empresa estatal é criada por lei, regulamentada por decretos. Dinheiro público. Serviço determinado, clientela cativa. Servidores são escolhidos via concurso e depois do estágio probatório têm estabilidade, ou seja, tanto faz o que acontecer com a empresa, o deles está garantido. Ocupação dos cargos de chefia majoritariamente são definidos por critérios políticos e não por capacidade. Mesmo critério para os ‘executivos’, sendo que na iniciativa privada executivo incompetente não consegue emprego, no setor público não interessa, vira currículo.
    De fato é um mistério o motivo das estatais não funcionarem.

  2. Diria que é necessário observar os fatos. Empresa Gaúcha de Rodovias, cria de Tarso, o intelectual. Fez um bom serviço?
    O próprio filho protegido do seu Adelmo em entrevista concedida à Zero Hora (17/04/2013) comparou a divida trabalhista da CEEE a ‘paiol de dinamite de reclamatórios’. Pois bem, como as coisas chegaram a este estado na estatal? Alás, a empresa vale é nada, ainda tem a concessão. Se não aparecer interessado (tem muito caroço neste angu) é mais fácil esperar o governo cassar a dita cuja e depois comprar só o que interessa a preço de caracol. As buchas ficam com o governo do estado.

  3. Deputado se a iniciativa privada quer uma empresa deficitária para transforma-la em lucrativa, me explique como o governo não consegue essa proeza e, a iniciativa privada consegue; ou seja, meu entendimento estes como o senhor deputado não entende de administração porque com vocês a empresa não apresenta resultado positivo, mas como o privado sim.
    Se está equação tem uma explicação lógica por favor exponha não pra mim, mas para o Rio grande do Sul, e pare de culpar a esquerda pela incompetência dos gestores públicos que são seus companheiros de ideologia e, não de esquerda.

    João Moscato

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