EXCLUSIVO. Rega-bofe na casa de Schirmer azeita relação entre governo e bancada na Câmara
Os primeiros chegaram ainda antes das 8 da noite, na vivenda do Bairro Nossa Senhora de Lourdes. Os últimos saíram perto da meia noite, pouco mais ou menos. Foram, no mínimo, quatro horas de papo agradável, na maior parte do tempo, entre o anfitrião, o prefeito Cezar Augusto Schirmer, e os convidados – os dez integrantes da bancada governista na Câmara de Vereadores – os quatro do PP, três do PMDB, um do DEM, outro do PSDB e até o recém-auto-cooptado Pastor Jorge Ricardo, do PRB.
Além deles, só o assador, muito elogiado pelo preparo do manjar, e a família do prefeito – e, não por todo o tempo, também o secretário Cezar Busatto, hóspede do prefeito. Mais ninguém. Nada de dirigentes partidários, aspones ou outros assessores – nem mesmo aqueles mais chegados. Só o Chefe do Executivo e os edis no exercício do mandato.
É provável que algumas orelhas tenham esquentado além da conta, no final da terça-feira. Inclusive de alguns presentes, pois o papo franco e aberto – objetivo declarado do rega-bofe – não poupou uns e outros, pelas arestas surgidas nesses primeiros (quase) sete meses de relação entre Executivo e seu grupo majoritaríssimo de apoio parlamentar.
Entredevorando picanha, costela e salsichão, devidamente acompanhados de salada verde e pão, e bebericando cerveja, vinho ou água, a dezena de edis falou e ouviu, com a franqueza possível – atenção, política é política. Ficou claro aos participantes pelo menos dois fatos – aliás antecipados numa reunião prévia, semana passada, na qual estiveram apenas os integrantes da bancada do PP, que sugeriram o rega-bofe político de anteontem: um é que a relação poderia ser bem melhor. Outra é que, sem conversa fraaaanca, a coisa não vai andar direito.
Há claros descontentamentos com o comportamento de algumas lideranças do governo. Inclusive no próprio Legislativo. E o risco de isolamento existe, com prejuízos inevitáveis para a administração municipal que, afinal de contas, como diria o cara, nunca antes teve maioria tão acachapante no parlamento. É exatamente para evitar esse problema que a idéia é ampliar a conversa, tornando-a rotineira.
O que isso significa? Que novos colóquios (de preferência com o mesmo assador, como sugeriu um dos degustadores) venham a ocorrer. Ah, mas com resultados práticos, para além do bom convívio em torno de uma mesa. Aí já é outra história, que o futuro vai confirmar. Ou não.
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