Não perca tempo. Vêm aí as derradeiras chances para virar CC no governo de Cezar Schirmer
O homem sorridente da foto ao lado está satisfeito com os resultados iniciais de sua administração. São seis meses e pouco de um total de 48 (se não tiver o contrato renovado, em 2012). Cezar Schirmer tem seus objetivos, no contrato assinado com a população, em outubro passado. Sobre os grandões é fácil de falar: desenvolver Santa Maria, marcar uma época, trazer indústrias, contrapor o bemfeito ao malfeito (é o que dizia na campanha eleitoral) e ser lembrado ad eternun. Se isso acontecer, a cidade ficará faceira. Mas há alguns obstáculos importantes. Sobre um deles, talvez pequenininho, mas importante, tomo a liberdade de escrever.
Schirmer propôs e viu aprovada na Câmara, inclusive com votos da oposição, a sua reforma administrativa. É o jeito Schirmer de governar. Eliminou secretarias e, sobretudo, cargos de livre nomeação. O máximo, agora, é 270 – dos quais apenas 190 podem vir fora do quadro geral de servidores. Isso desgostou muito os amigos que ajudaram na campanha. Especialmente porque, olha só o desaforo do prefeito, além de parceiro, o militante tem que ser competente. Onde já se viu isso, diz aquele babaquara que levantou uma bandeira unicamente porque queria um emprego. Ponto para o prefeito, aplaude a sociedade.
Mas há uma brecha. Aliás, um buracão. Que, se não for bem administrado, pode elevar as alturas o número de cargos de livre nomeação – quer dizer, espaço para os amigos, não necessariamente aptos. Não obstante a redução de secretarias, vêm aí duas fundações – Assistência Social e Meio Ambiente. E, com elas, cargos serão criados. Ao que pude apurar, a lei que as formatará prevê que os principais cargos são Cargos de Confiança. Não mais que meia dúzia – embora a prefeitura se feche em copas e não detalhe nada.
Mas, e o restante? Esses serão contratados pelo regime da CLT. Isto é, como em qualquer empresa. Mas, e aí está o busiles, sem concurso. Na prática, um punhado de funções (com baixa necessidade de educação formal) pronto para ser distribuído. Quantas? 30? 40? 50? Quem souber, avise ao repórter.
De todo modo, são exatamente esses cargos as últimas chances de agradar aos das bandeirinhas. E, creia, já tem gente querendo lotear. São os de sempre. Os que estão sob o regime da pressa. É, como me disse alguém que tem gabinete no Centro Administrativo Municipal, a pressa da desincompatibilização. Aí é que mora o perigo. Para a cidade e, de inhapa, para os objetivos do prefeito de eternizar-se na memória positiva da sociedade.
O chefe do Executivo não dá bola alguma para o que escreve este (nem sempre) humilde observador das coisas da cidade. É direito dele. Não será menos ou mais amigo do profissional por isso. Mas, perto dele, há quem preste atenção. É para esse núcleo o recado que, quem sabe, seja ouvido por Sua Excelência: toma cuidado, caro prefeito. Se fizer o que uns e outros estão querendo, é rolo certo. Afinal, assistência social e meio ambiente são questões muito sensíveis. Mantenha sua postura de privilegiar conhecimento profissional (se possível aliado à competência política). Tenha a devida cautela na hora de distribuir esse lote de cargos. Eles podem enterrar seu sonho. Mas também, se não quiser dar bola, paciência. Só não reclama depois, por favor.
EM TEMPO: a foto que ilustra este texto foi feita em meados de junho, pelo fotógrafo Felipe Pires, da Superintendência de Comunicação Social da Prefeitura.
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