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OPINIÃO DO SÍTIO. Se Schirmer não agir já, perderá rapidamente apoio que conquistou no centro

A paciência está esgotando, assim como o prazo de validade para a compreensão com o tempo necessário à adaptação das novas receitas administrativas postas em prática pelo governo eleito em outubro passado. Este sítio vai se referir especificamente a uma questão, que, mais que relegada, é literalmente esquecida pelo comando instalado no Centro Administrativo. Falo do centro da cidade. E, mais particularmente, das ditas “posturas municipais”.

 

Este (nem sempre) humilde repórter nada tem contra o retrovisor. Ao contrário, o olha continuamente. Inclusive para não bater no veículo ao lado. E não baniu a palavra nem o ato, quando a questão é administração pública. Mais: o sítio entende que Valdeci Oliveira (um nome que provoca calafrios em alguns gabinetes) fez um bom governo. Muito bom, até, em alguns aspectos. E isso nos dois mandatos de quatro anos que lhe foram conferidos pela população. E, gostem ou não um ou outro, saiu bem avaliado pela comunidade, não obstante a derrota eleitoral do candidato que apoiou e pelo qual fez campanha.

 

Feita essa ressalva necessária, se ao repórter fosse dada a missão de reduzir os oito anos valdecirianos a um único e solitário mérito, este seria a redução da esculhambação no centro da cidade. Não resolveu (e isso lhe é debitado) a questão da economia informal – mas encaminhou uma solução, a cargo do atual prefeito e sua administração. Mas, sobretudo, impôs um respeito que há pelo menos duas décadas era esquecido.

 

Sim. Acabou com o barulho – que vereadores ligados ao atual governo queriam manter e agora pretendem fazer retornar. Impediu a instalação de bugigangueiros adicionais na praça Saldanha Marinho. Proibiu (e viu cumprida a determinação) de entrega de panfletos e outras formas de propaganda no calçadão e adjacências, além das esquinas de uma forma geral. Tornou real o veto à distribuição e venda de ingressos para as festas mais diversas, no centro. E isso, creiam, recebeu amplo respaldo da população, não apenas a residente e trabalhadora da região, mas de todos quantos frequentam aquele espaço.

 

Pois bem, aos poucos, mas de forma bastante consistente, todas essas práticas retornaram. Não é “estão” voltando. Elas voltaram. E começam a incomodar cada vez mais uma parcela maior de santa-marienses, exatamente entre aqueles que apoiaram Cezar Schirmer por suas virtudes. E não por um defeito que aos poucos se manifesta: a leniência diante desse problema que havia sido resolvido e muitos duvidavam e que, agora, retorna ao convívio do cidadão.

 

Ontem, para exemplificar, a esbórnia tomava conta da praça Saldanha Marinho. Até mesmo um “vendedor de facas” ali se instalou, num banquinho – numa afronta ao comércio legal. Quero crer que sem autorização. Ou, aí sim, o suprassumo da falta de respeito, com a concordância da “autoridade”.

 

Prefeito, ouso dizer-lhe: não quero que o Chefe do Executivo perca o apoio da população. Mas isso vai acontecer se, como ocorre agora, a esculhambação auditiva-visual perdurar. Não há fiscalização alguma. Se é que algum dia houve, desde janeiro. Quando menos o senhor esperar, encontrará alguém entrando por seu gabinete “vendendo” algum tipo de mercadoria. Inclusive apitando pelos corredores do CAM. Sim, é um exagero. Mas é bom não duvidar.

 

EM TEMPO: este repórter coleciona uma série de evidências que, por certo, lhe são sonegadas. E que, quem sabe, ajudariam a explicar a incrível falta de apetite da fiscalização nos últimos tempos. Ah, e não me venham com estatísticas (como as que certa feita recebi). Não creio nelas. Repiso: um conjunto de fatos se juntam. E quando houver indícios mais claros, serão levados ao público. O prejuízo será para uns e outros, que talvez percam votos. Mas certamente entrarão também na conta do prefeito. Se quiser saber o que está acontecendo, saia de seu gabinete. Mas sem aspones – que estes só lhe dizem o que acham que lhe agradará, e não necessariamente o que acontece. Passe pela praça, qualquer hora dessas. Pode ser acompanhado. Mas não dos seus habituais papagaios de pirata. E entenderá.

 

EM TEMPO (2): apesar de muito boa e digna de elogios a parceria feita com a iniciativa privada para a limpeza do centro (a mesma que seu antecessor fez para embelezar o Calçadão e a ex-Rua 24 horas – mas coisas boas podem, sim, ser repetidas) de nada adiantará, se não for solucionado o problema detectado pelo sítio e pela população e explicitado acima. Atenção, prefeito, não é demais repetir: o senhor é suficientemente experiente para saber que a maioria das pessoas diz apenas o que acham que pode lhe agradar. O que pode ser a verdade. Ou não.

 

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