Sim, eles. Efraim, Heráclito, Demóstenes… Olha só como estão enroscados os éticos do DEM
Por sei lá qual motivo (sei, sim, mas fiquemos assim, por enquanto) a mídia grandona deixou de lado o DEM, nessa crise do Senado. Fez de conta que não era com ela, quando até os ladrilhos menos nobres de Brasília sabem que boa parte das falcatruas administrativas, ou quase todas, tem como origem administrativa a 3ª secretaria da Mesa Diretora do Senado. Exatamente o lugar que, há trocentos anos, é feudo do PFL e de seu sucedâneo, o DEM.
Agora, não sei ainda bem porque cargas dágua, o bloqueio da MG parce ter sido furado. E uma tramóia de bom tamanho é desnudada pela revista IstoÉ, cuja edição mais recente já está nas bancas. De uma só vez aparecem enroscados um bom número de ilustres senadores do Democratas. Inclusive daqueles ditos da bancada ética – que brada contra a desfaçatez e quer a saída de José Sarney. Entre eles (não os únicos, claro) Efraim Moraes, Romeu Tuma (que era do PFL e hoje está no PTB), Demóstenes Torres e Heráclito Fortes. Pooois é. Ah, a reportagem é assinada por Mino Pedrosa, Sérgio Pardellas e Hugo Marques. A foto (de Demóstenes) é de Fabio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil. Confira:
O operador do Dem – Ligado ao partido, Aloysio de Brito Vieira comandava no Senado licitações investigadas pelo Ministério Público
Um processo de oito volumes que tramita na 12ª Vara Federal de Brasília, em segredo de Justiça, revela um personagemchave que começa a jogar luz sobre a caixa-preta em que se transformou a primeira-secretaria do Senado Federal, controlada há uma década com mão de ferro pelo antigo Pfl, hoje DEM, responsável pela gestão de R$ 2,7 bilhões por ano. Trata-se de Aloysio de Brito Vieira, o Matraca, ex-presidente da Comissão de Licitação da Casa, que se tornou o operador de um esquema de desvio de dinheiro público e pagamento de propinas que funciona com a conivência ou participação de alguns senadores do DEM…
… Durante a gestão de Efraim (Moraes) à frente da primeira-secretaria, o dinheiro desviado chegava às mãos do senador por intermédio do assessor parlamentar Eduardo Bonifácio Ferreira. Era ele quem levava o pacote com a dinheirama até o gabinete do senador democrata. A importância de Bonifácio era tamanha que ele detinha a chave do gabinete do primeiro-secretário. Bonifácio chegou a ser filmado e fotografado pelo serviço de inteligência da Polícia Federal, a partir do circuito interno de câmeras do Senado. Mesmo depois de perder o cargo de assessor, ele continuou com a chave do gabinete. Segundo detalhou à ISTOÉ o integrante do grupo, os pagamentos mensais eram feitos em cima das faturas dos contratos. Assim que a fatura das empresas chegava ao banco, o percentual da propina era automaticamente retirado.
Ligado ao senador paulista Romeu Tuma (que foi primeiro-secretário pelo DEM e hoje é filiado ao PTB), Aloysio entrou no Senado como servidor efetivo em 1982 e trabalhou no setor de compras e serviços a partir de 1999. Em 2003 deixou a área formalmente, mas continua a manter contatos com as empresas fornecedoras. Em março de 2008, Aloysio assumiu outra área sensível na Casa. Pelas mãos de Efraim, foi guindado à presidência da comissão encarregada de cuidar da verba indenizatória. Ali, atestou as suspeitas notas apresentadas pelos senadores. Este ano, em meio à crise em que mergulhou a Casa, Aloysio foi acomodado, por orientação do novo primeiro secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), numa pequena sala localizada na gráfica da Casa. Submergiu para sair dos holofotes. Mas o setor de compras pouco mudou de mãos. Sem alarde, seu sócio e primo Max Silveira Vieira foi nomeado por Heráclito na terça-feira 7, por meio do ato número 35 de 2009, para a Comissão de Gestão de Contratos…
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