ASSEMBLÉIA. Governistas se retiram e veto a plano de carreira da Susepe não é votado

A Assembléia Legislativa, por larga maioria de votos, aprovou a organização funcional da Superintendência de Serviços Previdenciários (Susepe). O projeto, com origem no Palácio Piratini, foi modificado por várias emendas, a maioria delas do tucano Nelson Marchezan Júnior. Por conta disso, a governadora Yeda Crusius vetou a proposta.

Agora, a decisão volta ao parlamento e, por conta do prazo legal, está trancando a pauta do Legislativo. Nesta terça-feira, a base governista resolveu se retirar do plenário, impedindo a votação. Entende-se: com as galerias lotadas de funcionários da Susepe, os deputados teriam que escolher entre o governo e a impopularidade junto aos servidores. Entre a cruz e a caldeirinha, como diz o ditado.

Algum tipo de acordo, presumo, está-se buscando. De todo modo, o veto volta à pauta na sessão desta quarta, como informa reportagem produzida pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa. O texto é de Michele Limeira, com foto (de arquivo) de Marcelo Bertani. Confira:

“Veto da governadora ao plano de carreira da Susepe volta à pauta amanhã (quarta)

Por falta de quórum na sessão plenária da tarde desta terça-feira (9), a votação do veto total ao Projeto de Lei que trata sobre o plano de carreira dos servidores da Susepe foi transferida para a sessão plenária de amanhã (10). A retirada de quórum foi a estratégia encontrada pela base governista para não apreciar o veto. O veto já está trancando a pauta e por isso passam para a ordem dia de amanhã também os PLs 68/2007, 257/2008 e 433/2006.

A situação desagradou os funcionários da Susepe, que lotaram as galerias do Plenário 20 de Setembro para acompanhar a votação. “Derruba, derruba”, gritavam os servidores, pressionando a votação. Os parlamentares de oposição, no período de discussão, previam a falta de quórum e julgavam: “Abstenção hoje é manter o veto”, disse o deputado Raul Carrion, do PC do B. Para Raul Pont (PT), os deputados da base governista estão sendo constrangidos a votar a favor do veto.

O PL 315/2008 foi aprovado pela Assembleia Legislativa, com 11 emendas, no dia 8 de julho. Segundo a governadora Yeda Crusius, elas tornam a proposta afastada dos objetivos que levaram à sua proposição. Ao vetar o Projeto, a governadora afirma que as emendas são inconstitucionais e causaram “profundas modificações” no projeto. Yeda Crusius argumenta, ainda, que as emendas geram despesas que Estado não tem condições de assumir. “A medida se apresenta inconveniente e contrária ao interesse público”, justifica…”

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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.