CPI DA CORRUPÇÃO. Bafafá sinaliza intenção de impedir qualquer tipo de investigação
Não há dúvida: a tentativa de impedir a leitura de peças jurídicas, com direito a transmissão de televisão e rádio, é também o objetivo de evitar qualquer investigação. Ou, dizendo de outra forma, trata-se de impor a vontade da maioria sobre a minoria. No caso, do governo sobre a oposição. E, embora a sociedade possa reclamar (quem acredita de fato nisso?), o fato é que a oposição, no Rio Grande, tem pouco o que fazer, exceto espernear. Como acontece, com sinal trocado, na CPI da Petrobrás, em Brasília, como já escrevi aqui ainda nesta terça-feira.
Colocado o contexto, fica fácil entender o que (não) aconteceu ontem, no início da noite, na reunião da CPI da Corrupção, na Assembléia Legislativa. Para entender melhor, confira o material divulgado pela Agência de Notícias do parlamento gaúcho, em reportagem assinada por Michele Limeira, com foto de Marcos Eifler. Confira:
“Base governista retira-se e impede votação na CPI
A segunda reunião da CPI da Corrupção terminou sem a apreciação dos 11 requerimentos que integravam a ordem do dia. Após a discussão sobre o acesso a documentos por membros da CPI e o plano de trabalho, os oito deputados da base governista retiraram-se do Plenarinho, impedindo a deliberação dos requerimentos por falta de quórum.
Na próxima reunião, convocada pela presidente da CPI, deputada Stela Farias (PT), para quinta-feira (10), às 12 horas, no Plenarinho, será mantida a ordem do dia. “Se tiver quórum, votamos os requerimentos. Se não tiver, faremos a análise dos documentos que não estão sob sigilo de Justiça”, anunciou Stela, referindo-se aos documentos recebidos da Justiça Federal de Santa Maria (RS).
A falta da aprovação de um plano de trabalho pelo colegiado da CPI foi o motivo alegado pelos deputados para deixar a reunião. “Enquanto meu requerimento, que apresenta uma proposta de plano de trabalho, não for publicado, me nego a votar qualquer outro requerimento”, disse o relator, deputado Coffy Rodrigues (PSDB). “Enquanto não tivermos regras claras para que possamos apreciar, emendar, discutir e votar, nós não chegaremos a lugar nenhum. Só vou votar qualquer requerimento quando tivermos um plano de trabalho”, avisou o deputado Sandro Boka (PMDB)…”
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SUGESTÃO ADICIONAL – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e distribuídas pela Agência de Notícias da Assembléia Legislativa.
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