Ao Alexandre Milbradt. É, sim, boa idéia taxar os sacoleiros. Para eles e também à sociedade
O Alexandre Milbradt, a quem não tenho o prazer de conhecer, enviou-me dois e-mails neste domingo. Num, quer saber minha opinião sobre a lei que pretende, de uma certa maneira, legalizar o trabalho dos sacoleiros (e há muitos de Santa Maria) que fazem compras no Paraguay. Como? Impondo-lhes uma alíquota única de 25% sobre o que adquirirem.
No outro, Alexandre faz considerações sobre a Feira das Fábricas, que acontece (ou terminou neste domingo, não sei). Diz ele ter estranhado que de fábrica não têm nada os produtos lá vendidos. E avança: só tem (produto) vindo da China, legítimos produtos do Paraguay. Pode isso, pergunto, suspeitando de concorrência desleal. Como fica isso?, pergunta o Alexandre.
OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: em relação à proposta (ainda não está definido oficialmente, o que deve ocorrer provavelmente nesta semana) de tributar os sacoleiros, me parece uma medida interessante. Afinal de contas, melhor pagar algum imposto do que nenhum. Isso do ponto de vista da sociedade, que como tal paga (e muito) seus tributos.
Do ponto de vista do comerciante também é muito bom. Terão a garantia (e a liberação legal) de que podem vender na sua localidade de origem, sem o trauma de ser preso como contrabandista. E, claro, terá também que se organizar como empresa e pagar os impostos municipais (e estaduais, se for o caso).
Não sei se vai resolver o problema, mas é um encaminhamento interessante. Ah, e vai, em princípio, atacar o grande contrabandista. Afinal, quem será beneficiado com essa possibilidade (pagar a alíquota única) será o sacoleiro que comprar até R$ 120 mil ou R$ 240 mil. O limite será entre esses dois números. Mas a definição ainda não ocorreu.
Com relação ao segundo item, me parece absolutamente certo o Alexandre. Essa Feira das Fábricas, ressalvado o fato de pelo menos serem empresas legalizadas junto à Prefeitura – do contrário não poderiam funcionar – fazem concorrência, sim, ao comércio local. No entanto, o consumidor que lá vai sabe o que está comprando. Não é enganado. Afinal, também sabe que o produto não é exatamente de fábrica. Logo, compra quem quer. Eu fora. E, imagino, o Alexandre também.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a reportagem Sacoleiro pode ter limite inferior a R$ 240 mil, de Alexandre Martello, publicada pelo G1, o portal da Globo.
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