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E O BICHO PEGOU. (In)decisão de José Farret provoca um forrobodó sem tamanho no governo schirmer

Farret: candidato ou não, secretário ou não, um grande reboliço. E Schirmer está no meio dele

Um fato: são muito dispersas as informações acerca da formação do governo municipal, a partir de sábado, quando encerra o prazo para desincompatibilização dos que pretendem concorrer a uma vaga de deputado, em 3 outubro. E boa parte do reboliço (sim, isso foi possível perceber em todos os contatos feitos ontem) se deve à (in)decisão do vice-prefeito, e secretário de Saúde, José Farret – que estaria, meeeeesmo, desistindo de concorrer à Assembléia.

Vou anotar, a seguir, uma série de dados – parte comprovada, parte não – que chegou aos ouvidos deste (nem sempre) humilde repórter, ao longo desta segunda-feira. A partir daí, você, leitor poderá tirar tua conclusão. Ou não chegar a nenhuma, o que também é possível. Ah, para não ficar em cima do muro, o sítio também opina, como você poderá perceber, no texto em itálico, lá embaixo.

1) Fonte da prefeitura, muito bem situada, dá conta de que Farret, por sua assessoria, requisitou espaço no prédio do Centro Administrativo, para lá instalar o escritório de vice-prefeito. Seriam, para ser mais exato, pelo menos duas salas do quarto andar, de onde já estaria sendo desalojada a equipe que toca o Programa de Qualidade Total implantado pela prefeitura.

2) A mesma fonte diz que Farret não será candidato à Assembléia. Mas, de todo modo, deixaria a secretaria de Saúde, para que o prefeito nomeasse quem quisesse. E iria para o CAM com todo o seu time, instalado a três andares do gabinete do Prefeito.

3) A retirada do vice-prefeito da condição de secretário não é confirmada por fonte do PP – que informa ser irreversível a continuação de Farret como secretário, sua desistência de concorrer e a indicação, para substituí-lo, da vereadora Sandra Rebelato – inclusive porque Sérgio Cechin (que estaria na frente, na fila) não quer.

4) Outra fonte graduada no Executivo dá conta de que Cláudio Rosa continuará no Legislativo, e não substituirá Tubias Calil, na secretaria de Esporte. Para este posto será nomeado um interino. Mas, se Rosa fica, quem sai, com o retorno de Calil? A resposta é: Sérgio Cechin, que tanto poderia assumir uma secretaria de Ação Social, quanto ser o novo titular da pasta de Desenvolvimento, no lugar de Cezar Busatto, que sai do governo.

5) O cenário eleitoral local pode sofrer grandes transformações, a partir da possível (provável? Certa?) desistência de José Farret. De um lado, há a estimativa de que Sandra Rebelato, embora lançada de última hora, faria uma votação digna, obtendo boa parte dos votos que iriam para Farret e também aqueles que ela própria poderia angariar. De outro, não se pode descartar a possibilidade de Jorge Pozzobom mudar de rumo. Ele, com quem o repórter conversou ontem à noite, não confirma. Mas não desmente. O que poderia redundar em outras conseqüências.

6) Jorge Pozzobom disse ao repórter ainda não saber quem o substituirá na pasta de Relações Institucionais e Articulação Regional. Mas não abre mão de que o nome seja do PSDB. O que significa, objetivamente, pensa o sítio, ser alguém que esteja fechado com o atual secretário. Não confirmou, mas também não desmentiu, a possibilidade de voltar seus olhos e esforços para a Assembléia Legislativa.

7) Tudo o mais que o repórter ouviu, e não foi pouca coisa, pareceu mais ser “plantação” que informação quente; “rumor” ou “boato”, em vez de notícia. Por isso foi descartado nesse relato.

OPINIÃO CLAUDEMIRIANA: Parece cada vez mais evidente que José Farret não vai mesmo concorrer e que Sandra Rebelato representará o PP de Santa Maria no pleito de outubro. Também há bastante sentido (e uma fonte dos progressistas não refutou a hipótese) na ida de Sérgio Cechin para o governo. Se Farret continuar secretário, o partido, mesmo perdendo uma vaga na Câmara, ganhará mais espaço no governo. O que, politicamente, também seria considerado interessante. Mas só se o vice-prefeito continuar na Saúde.

Pozzobom: mudança de rota indefinida. Mas não é desmentida

Por fim, Pozzobom. Parece claro que o ex-vereador e atual secretário já percebeu ser muito complicada sua eleição para deputado federal. Principalmente se o PP for parceiro na coligação proporcional como forma de apoiar Yeda Crusius para o Piratini. Nesse caso, com Farret ou sem Farret, a opção pelo Legislativo estadual seria uma imposição pessoal. Que, no entanto, não seguiria. Exceto se o PSDB perder espaço no governo municipal.

Atenção: se o prefeito não deixar o tucano satisfeito e este decidir-se pelo parlamento estadual, comprometerá em muito a eleição do peemedebista Tubias Calil – o maior perdedor no caso de ter como concorrente Jorge Pozzobom. Daí porque é pouco provável, para não dizer impossível, que Schirmer descontente o tucano. Mas…

É isso. Mas pode não ser. O reboliço é muito grande, nos bastidores. Em todo caso, antes que Cristo ressuscite, no domingo de Páscoa, muito (senão tudo) se resolverá. Pode apostar.

PS: E na oposição, que tipo de reflexo pode haver na (in)decisão de Farret? No plano da Câmara dos Deputados, nada. A menos que Jorge Pozzobom desista. Nesse caso, os petistas Paulo Pimenta e Fabiano Pereira herdarão parte dos votos. No que toca à Assembléia Legislativa, há consenso: Valdeci Oliveira receberá parte dos apoios hoje de Farret. Quanto, ninguém sabe. E o restante iria para Sandra Rebelato.

EM TEMPO: as fotos (de arquivo) que ilustram esta nota são de Felipe Pires (Schirmer e Farret) e Fritz Nunes (Pozzobom)

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Um Comentário

  1. colocaste bem claudemir…o pessoal herda votos destes candidatos. já as candidatas do PSOL por santa maria, luciana genro e sandra feltrin conquistam votos daqueles que não estão contentes com esses ´politicos tradicionais independentes se eles concorram ou não.

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